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RESENHA: Submarine


Com minha paixão pelo cinema em grande ascendência nos últimos meses, acabei mergulhando de cabeça nos títulos indies graças a uma postagem de recomendações no blog Oba Oba. Dentre os dez nomes listados, Submarine (ou Submarino,  como preferir) foi aquele que mais me chamou a atenção, retratando a sarcástica existência de Oliver Tate aos 15 anos de idade.

Título Original: Submarine
Direção: Richard Ayoade
Gênero: Comédia Dramática
Lançamento: 2010, Estados Unidos/Reino Unido

A obra é baseada no livro de mesmo nome, escrito pelo britânico Joe Dunthorne e publicado em 2008, três anos mais tarde pela Galera Record aqui no Brasil. Não tive contato algum com esta leitura, mas o longa foi de uma qualidade tão surpreendente que preocupo-me em conferi-la o mais rápido que for-me permitido.

Nosso elenco protagonista é mirim, liderado por Craig Roberts no papel de Oliver Tate, que apenas tenta perder a virgindade com sua namorada Jordana (Yasmin Paige) e manter a ordem em sua família, tentando afastar sua mãe de um ex-namorado. Com problemas cotidianos e absurdas ideias para restaurar o amor em sua casa e trazê-lo para sua vida, o mais provável pode acontecer.


Do ponto de vista de um adolescente, um monte de exageros e obsessões criadas por nossas mentes jovens que preocupam-se em manterem-se ativas o tempo todo, tiram-nos do sono durante as noites e mesmo pelo dia. Sim, se você já passou pela adolescência ou ainda está vivendo-a, não tente negar o quanto muitas vezes nos preocupamos com coisas que, futuramente, podem parecer fúteis.

O filme retrata bem isso em seu roteiro curioso que mostra-nos os diversos pontos passados pela cabeça de Oliver. Qualquer abatimento é algo gigantesco, uma onda de emoções que invade-nos e, assim como ocorreu com ele, faz-nos listar mentalmente motivos para continuarmos vivos.


Que atire a primeira pedra quem nunca imaginou o que diriam em seu próprio funeral. Ou mesmo, quem nunca esteve em uma situação de grande emboscada e que precisava de ajuda, mas a única pessoa que pode ajudá-lo estava em uma ainda maior e não quis colocá-la em mais problemas ainda, por tanto que a amava.

Assim, o belo romance descrito acaba ganhando novas cores, aproximando-se ainda mais de certas dificuldades do dia a dia e do que é real para nós, telespectadores e fãs de cinema. Em uma idade tão jovem, quando muitos preocupam-se apenas com a diversão momentânea, como ser um rapaz que aceitou sua primeira dose de amor como aquela que levará para toda a vida? A honestidade nas relações dispostas no filme dão certo impacto em quem o assiste.


Sensível e cativante, não espere de Submarine aquilo que possa ser retirado de qualquer filme de alto orçamento disponível nos cartazes dos cinemas de sua cidade ou das prateleiras de uma loja de DVDs qualquer. O que há aqui é muito mais profundo e, para ser corretamente apreciado, não basta aquele mesmo olhar rotineiro. 

Num mercado em que se concorre com grandes nomes hollywoodianos e seus efeitos visuais over-exagerados, um filme simplista pode não ser a primeira escolha para a maioria das pessoas. Sua fotografia e as suaves passagens desta produção tornam-a algo especial, super íntima e acolhedora.


Acolhedora assim como a trilha sonora folk/rock, que provavelmente é o principal ponto para Submarine. Na voz de Alex Turner, vocalista do Arctic Monkeys, o álbum pode ser apreciado em diversas situações como um ótimo companheiro para qualquer vibe que venha a ser encarada diariamente. Não deixe de ouvi-lo pelo youtube.

E deste modo, encerro uma das recomendações mais sinceras que já postei por aqui, esperando que esta obra tão bela possa ser apreciado por todos meus leitores do mesmo modo que fora por mim. Aos que também interessarem-se pela leitura, deixo os links para a compra do livro via Saraiva ou Livraria Cultura.


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