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A Cura Mortal entrega desfecho ótimo e emocionante a trilogia Maze Runner


Após longa demora desde o lançamento de A Prova de Fogo, em 2015, o terceiro e último filme baseado na franquia de livros Maze Runner estreou nos cinemas brasileiros na última quinta, 25 de janeiro, apresentando um desfecho emocionante e muito bem produzido para nos despedirmos dos personagens mais marcantes da saga com chave de ouro. 

É uma continuidade direta da trama anterior, quando o membro Minho (Ki Hong Lee) não foi bem sucedido ao escapar do ataque da CRUEL. Com o amigo capturado, Thomas (Dylan O'Brien) continua liderando seu grupo de fuga durante a sua última missão: invadir a Última Cidade para salvar seu amigo. Invadir a CRUEL após tanto tempo tentando se livrar dela não será uma tarefa nada fácil, mas este é apenas um dos desafios a serem vivenciados pelo grupo durante seu último evento.


Mais uma vez, o filme faz jus ao "runner" no nome, quando em grande parte da narrativa os protagonistas precisam correr por suas vidas. O filme é separado em dois momentos, pré e pós Minho, sendo a segunda parte mais curta, porém mais dramática. Isso não quer dizer que a primeira seja tediosa: a ação já está presente desde o primeiro segundo de filme, mas a tendência para a situação de nossos queridos personagens é sempre piorar. E piora. Muito.

É preciso ter muito sangue no olho, força de vontade e coragem para encarar os novos obstáculos apresentados para o desfecho da trilogia, mas os protagonistas - e mesmo os secundários - não pecam em entregar uma boa dose de determinação para tudo o que lhes é proposto. O trabalho em equipe, assim como a confiança, mais uma vez tornam-se essenciais para a sobrevivência dos Clareanos e seus novos amigos.


Embora a demora maior do que o esperado para chegar aos cinemas, devido a atrasos nas gravações por "problemas técnicos" como o acidente que quase tirou a vida de Dylan O'Brien durante as gravações em março de 2016 e a gravidez de Kaya Scodelario no mesmo ano, a produção conseguiu dar a volta por cima e entregar um resultado satisfatório aos fãs da saga.

Não, a questão da fidelidade ao livro não foi resolvida, mas não considero isso um incômodo. Na minha cabeça, imagino os diretores e roteiristas do filme selecionando os tópicos essenciais da trama literária para posteriormente reproduzi-los e adapta-los com o seu próprio toque e charme narrativo na versão cinematográfica, sem seguir ao pé da letra os textos do autor original, mas mantendo a alma da história e honrando o conteúdo primário.


A fotografia e cenografia também são manifestadas por um ótimo trabalho. Maze Runner nunca foi centrado em grandes paisagens pitorescas, dada a devastação do planeta pós ataque das chamas solares e a destruição causada durante a luta pela sobrevivência ao vírus do Fulgor, mas sempre conseguiu representar as ruínas com grande afinco. Na chamada Última Cidade, vemos um lado mais tecnológico e evoluído que causa grande espanto em comparação aos cenários padrões do filme, expondo as diferenças sociais e o conforto de poucos em meio ao caos, assunto deveras atual.

Essas abordagens sociológicas são pautas comuns em obras de distopias, que tem como intuição mostrar como o totalitarismo, autoritarismo e controle opressivo de um povo pode levar a sociedade aos escombros. Desde o primeiro filme, Correr ou Morrer, a saga coloca a temática em evidência com o poderio da CRUEL em relação aos Clareanos, sempre em busca do bem maior como desculpa para dominar e doutrinar.


Maze Runner foi uma boa trilogia cinematográfica do começo ao fim. As turbulências narrativas por adaptações da obra original são facilmente relevadas ao analisar os filmes como um produto novo, apenas baseado, assim como qualquer outra versão para cinemas de textos literários. Seu desfecho é crescente e empático, conseguindo comover e chocar a quem assiste e ainda deixar aquele gostinho de "por que acabou?", que acredito ser o ápice para concluir que presenciamos uma boa história: não queremos que ela acabe.

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