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Jumanji: Bem-Vindo à Selva é uma boa fanfic moderna do clássico original | Crítica


Quem nunca se pegou imaginando uma adaptação ou nova versão para um filme que adora que atire a primeira pedra. Jumanji: Bem-Vindo à Selva, dirigido por Jake Kasdan, estreou no último dia 04 em território brasileiro e mostrou-se basicamente como uma boa fanfic moderna do clássico Jumanji, de 1995, com acontecimentos narrados vinte anos após os eventos do primeiro filme. 


O jogo de tabuleiro que trouxe tantos problemas aos personagens do clássico estrelado pelo lendário Robin Williams evoluiu para um vídeo-game que, após ser encontrado no porão de uma escola por quatro adolescentes em detenção, os leva-os para uma selva em dimensão digital, transformando-os em personagens do jogo que, para saírem de lá, precisam finalizar a missão.

Columbia Pictures/Divulgação
Esta nova versão trabalho alguns elementos interessantes como a caracterização sarcástica dos personagens: fora do jogo, o medroso e nerd protagonista Spencer é interpretado por Alex Wolff, a popular Beathany por Madison Iseman, o grande esportista Anthony Fridge por Se'Darius Blain e Martha, a nerd deslocada, por Morgan Turner. Quando decidem experimentar Jumanji, escolhem cegamente seus personagens, sem imaginar que acabariam transformando-se neles que, ironicamente, são seus extremos opostos.

Spencer acaba assumindo a pele do grandalhão, forte, destemido e intenso Dr. Smolder Bravestone, interpretado por Dwayne Johnson, enquanto Fridge perde a pose forte ao reencarnar como Moose Finbar (Kevin Hart) e Martha ganha uma aparência e personalidade mais ousada como a matadora Ruby Roundhouse (Karen Gillan) e Bethany precisa lidar com uma total transformação ao ver-se como Professor Shelly Oberon (Jack Black), que não é lá o que ela imaginava, mas revela-se como a melhor atuação e personagem do filme, extremamente engraçado sem forçar a barra, quase que naturalmente.

Columbia Pictures/Divulgação
Embora as mudanças aparentes, continuam, por dentro, os mesmos adolescentes de sempre, e a mistura dessas personalidades causa o maior efeito e arma de defensa do filme: o humor. Não só comicamente falando, as divergências entre as características (físicas e morais) do quarteto dentro e fora do jogo acabam se tornando o fio condutor da narrativa, os obrigando a fazer escolhas difíceis a fim da própria sobrevivência. O time fica completo quando um outro jogador, Alex, interpretado por Nick Jonas, entra em cena.

O filme faz jus ao original, respeitando-o e apresentando uma continuação a altura de seu antecessor. Ao deixar aquele lado mais sombrio e assustador para trás e assumir uma personalidade mais cômica, atualizar a proposta para o cenário digitalizado e inverter as consequências de Jumanji (não é mais a selva que vem até o mundo real, mas os personagens reais que são levados a ela), conquista e surpreende o público por sua originalidade sem tirar o pé do passado.

Columbia Pictures/Divulgação
Como diferencial apresenta ainda um banho de cenas de luta e ação bem continuados, afinal, estão dentro de um jogo em que é preciso juntar força e inteligência para escapar com vida. As habilidades especiais de cada personagem de Jumanji formam um quebra-cabeça de perfeito encaixe que, para funcionar, necessita de todas as peças, enfatizando a importância da confiança e do trabalho em equipe.

Ainda que tenha sido alvo de precoces críticas negativas, após sua estreia confirmou-se como um filme necessário, embora nunca tenhamos percebido o quanto precisávamos de uma nova versão de Jumanji. Vale deixar de lado o preconceito com reboots e continuações para aproveitar um bom filme que mistura comédia e aventura na medida certa. 

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