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Punho de Ferro é lenta, mas vale a pena | Crítica


Não sou leitora assídua de HQs, nunca havia ouvido falar em "Punho de Ferro" até o anúncio de sua série que seria produzida pela Marvel em parceria à Netflix. Como havia gostado das produções anteriores, com Demolidor, Luke Cage e especialmente Jessica Jones, resolvi dar uma chance, ainda mais com a proximidade de "Os Defensores", que reuniria os quatro - e já está entre nós há meses, inclusive.

Comecei com certa animação, mas os primeiros episódios me pegaram de surpresa, com seu ritmo arrastado e um protagonista com personalidade bem distinta que os três anteriores. Danny Rand, por ter passado muito tempo de sua vida em um mosteiro, pouco entende sobre a vida real e os pequenos desafios cotidianos, com uma inocência e desiquilíbrio emocional que chega a irritar, mas não tanto quanto o seu repetitivo "Eu sou o Punho de Ferro. Protetor de K'un-Lun. Inimigo declarado do Tentáculo."

Netflix/Divulgação
O desenvolvimento da série é bem lento, como se os personagens não saíssem do lugar ao longo dos episódios, principalmente o protagonista, o que não é culpa de Finn Jones, sua atuação é convincente e competente o suficiente para entregar um trabalho melhor se o roteiro tivesse dado espaço para tal. Somente por volta dos quatro últimos é que começa a pegar ritmo e finalmente se desenrolar, desenvolvendo o gosto de quem assiste.

Embora haja quase um consenso de que esta foi a mais fraca das quatro séries individuais, assim como as outras é necessária para apresentar ao público um personagem que não é tão lembrado e que merece seu destaque entre os fãs da Marvel. Como a peça final para a introdução a série que amarrará os quatro guardiões, Os Defensores, ainda com sua lentitude apresenta bons argumentos para esperar pelo protetor de K'un-Lun em seus futuros encontros com os assinantes da Netflix.

Netflix/Divulgação
Entretanto, é claro ainda a preferência pelas personagens secundárias femininas em relação ao principal, Danny. Além de Claire Temple, a fantástica enfermeira que tem se destacado como uma das melhores personagens da Marvel desde o lançamento da primeira temporada de Demolidor, em 2015, vemos nesta nova série a complexa Colleen Wing, que revela-se como muito mais que uma professora qualquer ou um simples interesse romântico do protagonista, mas um verdadeiro fio condutor auxiliar para o desenvolvimento do protagonista opaco.

A fotografia é um pouco mais brilhante que as das séries anteriores da parceria Marvel-Netflix, com um jogo em tons de dourado (assim como Jessica Jones com roxo e Demolidor com vermelho, por exemplo) e mais cenas diurnas ao ar livre, apresentando um pouco do paisagismo urbano local.

Netflix/Divulgação
Apesar de todas as críticas negativas e do progresso alongado, a série consegue se salvar aos quarenta e cinco do segundo tempo e fazer jus ao ótimo time de lançamentos e preparando o terreno para o crescimento do herói pouco convencional como unidade dos Defensores na jogada posterior. Poderia ter sido melhor, sim, mas não deixa de ser um conteúdo que vale a pena conferir nem que seja para tirar as próprias conclusões. 

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