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O Doador de Memórias é uma leitura necessária na modernidade


O Adoador de Memórias (ou The Giver, no título original) é um livro de ficção distópica escrito por Lois Lowry e publicado pela primeira vez em 1993, que serviu ainda de base para o filme homônimo de 2014, dirigido por Phillip Noyce e protagonizado por Brenton Thwaites, Jeff Bridges e Meryl Streep.

O livro chegou ao Brasil apenas em agosto de 2014, pouco antes do lançamento do filme, pela Editora Arqueiro. em um mundo sem dor, desigualdade ou qualquer tipo de conflito, mas também sem amor, desejo, alegria ou sequer cores. Esses habitantes não conhecem a história, o passado ou se preocupam com o futuro: vivem apenas o presente, sem contestar suas regras invioláveis, de modo quase robótico. As memórias e sentimentos são possuídas por um único homem, um guardião cujo objetivo é proteger o povo dos sofrimentos que elas causariam, mas ainda mantê-las como fonte de sabedoria para orientar os dirigentes em momentos difíceis, com base no que já foi vivido há muitos anos, antes do surgimento desta sociedade manipulada.


Ao tornar-se um Doze, ou seja, completar doze anos de idade, as crianças são designadas a profissão que irão seguir, e Jonas recebe a honra de se tornar o próximo guardião. Em meio ao difícil treinamento, descobre coisas que o dão outra perspectiva de mundo, de sensações, de emoções, de cores. Pela primeira vez, sente o amor. Pela primeira vez, sente a dor. Com orientação do velho Doador de Memórias, nada mais será igual, e Jonas precisará passar pela difícil escolha de salvar a si mesmo ou a toda a sociedade. 

O livro de pouco menos de 200 páginas traz um sentimento semelhante a Admirável Mundo Novo, clássico de 1932 escrito por Aldous Huxley, mas com um quê mais jovial e acessível, típico da literatura de massa. Aspectos da sociedade dita como utópica revelam-se, entretanto, ainda tão indigeríveis como o dos anos 30, com a contenção de sentimentos, inibição de desejo, condicionamento genético e precisão linguística pelo bem de uma ordem fictícia, de distopia disfarçada de realização utópica. 


O mais belo do livro, arrisco dizer, é acompanhar Jonas em seu processo de recepção de memórias, em que coisas tão comuns para nós, como chuva e cores, tornam-se de difícil explicação, pela falta de contato, e revelam ainda mais graça e riqueza emocional conforme são experienciadas. Assim, percebemos um pouco da importância de elementos tão ordinários em nossas vidas, mas que podem mudar a percepção de mundo de alguém. 

Em termos linguísticos, ainda que por um péssimo motivo como o condicionamento, adquire riqueza para a obra e suas análises, onde termos como "amor", por exemplo, são apresentados como imprecisos e devem ser substituídos por de menor subjetividade, como gostar e sentir orgulho, nessa sociedade em que o amor é visto como causador de conflitos e, portanto, foi banido.


Com situações como essa, o livro vem com o objetivo de provar que o mundo não seria um lugar melhor com a inibição de alguns "luxos" como os sentimentos: poderia, sim, ser instaurada uma ordem local, mas esta não seria mais do que fictícia, pois as pessoas não estariam de fato vivendo e exercendo sua humanidade, mas condicionadas a apenas existirem de acordo com uma infinidade de regras que nos tiram as principais características humanas, o pensamento e as emoções, o que não deve nunca ser considerado como uma troca válida. Nas palavras do sub-título do livro: "Quando não há memórias, a liberdade é apenas uma ilusão".

Um pouco mais mastigável que outras distopias clássicas como Admirável Mundo Novo (1932) e 1984 (1949), ainda mais com sua adaptação cinematográfica, pode ser facilmente indicado para leitores mais jovens, em fase adolescente, a fim de suscitar nestes a discussão sobre governos autoritários e os riscos a humanidade que costumam vir disfarçados de "soluções para todos os problemas". Uma leitura mais do que necessária para os dias de hoje.



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