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Deadpool 2 é um filme família - mas com armas, sangue e muitas referências


Deadpool está de volta aos cinemas após o sucesso estrondoso de seu primeiro filme, em 2016. Em sua sequência, segue com seu jeito anti-heroico de combater o crime, mas eventos tristes e inesperados atingem sua vida, o fazendo criar um grupo de metahumanos, X-Force, para restaurar a paz enquanto Cable busca um misterioso garoto com poderes pirotécnicos. Quanta coisa acontecendo. 

Dirigido por David Leitch (Atômica, John Wick - Um Novo Dia para Matar e De Volta ao Jogo), não é de tudo enganação quando o protagonista sugeriu em um spot TV promocional que a produção seria um filme família, mas se está pensando em passar o fim de semana com os filhos no cinema, é melhor comprar um ingresso para assistir a A Abelhinha Maya.


O conceito de família está lá no filme, isso eu garanto, mas nem por isso é algo que deva ser assistido na presença de crianças: Deadpool é definitivamente um filme para maiores de dezoito anos, não tem como defender e não recomendo, em hipótese alguma, que os pequenos vejam o filme. Armas e sangue são personagens na trama, tamanha sua importância para a história e construção da personalidade do anti-herói, com todo aquele jeito Deadpool que já conhecemos e, cá entre nós, amamos: palavrões, insanidades, piadas de mal gosto e indecências a todo o momento. Para adultos, entretanto, a diversão é garantida e vale totalmente o ingresso.

Em tempos do "politicamente correto", os personagens trazem às telas temas atuais da sociedade mundial, como machismo, racismo e homofobia, mas sem perder a chance de transformar o discurso em piada, demonstrando uma forma de militância que respira em harmonia ao bom humor e sarcasmo, sem perder o respeito pelas respectivas lutas. Deadpool 2 acertou em cheio com essa jogada.


É importante atentar-se também para as referências, que dão ainda toda uma graça adicional para o filme: fãs dos universos da Marvel, DC ou mesmo de outras produções como Sharknado, Stranger Things e Star Wars voltarão felizes para casa. A questão da quebra da quarta barreira, muito elogiada no primeiro filme, segue firme e forte, quase que essencial para o desenvolvimento da trama que já começa fora do padrão Hollywoodiano. E se você queria um filme de Deadpool como membro dos X-MEN, a oportunidade passa perto com o retorno de nomes já conhecidos do longa anterior.

A retomada ao primeiro filme é incrível e graças a sequência podemos ver um pouco mais não só do tagarela preferido dos cinemas, mas de outros personagens secundários como Colossus, Míssil Adolescente Megasônico, Al Cega e Dopinder, mais hilários do que nunca. Com a temática familiar passando por baixo de todas as desagradáveis situações "Deadpoorianas", suas participações no filme são, no mínimo, necessárias, e agregam numerosamente tanto a carga dramática quanto ao magnífico apelo cômico da sequência.


Mas não vale pensar que as interrelações com os novos personagens ficam para trás. Em Deadpool 2 há espaço para trazer a luz Cable e o pequeno Firefist, que atuam com a mesma "incerteza de caráter" que o protagonista, variando entre herói, anti-herói e vilão, dependendo do ponto de vista em que são apresentados em cada cena.

Os dois personagens são profundos e seus cenários narrativos são muito bem construídos e apresentados no decorrer do filme, tomando o público por dúvidas na hora de escolher o seu partido favorito. As histórias são amarradas por fios emocionais que, em seu entorno, reluzem sarcasmo e muito humor de mau gosto, típicos de Deadpool, que tornam os personagens típicos para se desenvolverem junto ou contra ao protagonista da franquia.


Por outros aspectos, em algumas cenas específicas o filme chega a lembrar alguns clássicos de terror dos anos 80, daqueles gravados em cenários sombrios, porém casuais, mas sempre com crianças como protagonistas. Não dá para saber se foi intencional ou não, mas vindo de Deadpool nós sabemos que não existe teoria inválida.

A trilha sonora segue por décadas semelhantes, incluindo sucessos dos filmes musicais Annie, e 1982, e Yentl, de 1983. Vale lembrar que Ryan Reynolds, intérprete de Deadpool, esteve na Coreia do Sul recentemente para a divulgação do filme e passou pelos palcos do King of Masked Singer onde, vestido de unicórnio, cantou Tomorrow, de Annie. Quem diria, hein?


Falando no ator, Ryan consegue se vingar de si mesmo ao, no filme, reparar alguns erros do passado, de modo que ator e personagem se misturam a ponto de já não sabermos mais como diferenciá-los, tamanha perfeição de sua atuação como tal. Prepare-se para rir muito e, em hipótese alguma, perca as cenas extras: são tão boas quanto o filme em si, principalmente para os fãs de X-MEN e Logan.

Se você gostou do primeiro filme, com certeza irá gostar de sua sequência. Todos os fatores essenciais do anti-herói foram restaurados a uma nova história que, ao contrário do que muitos esperavam, não foi repetitiva ou distanciada de suas origens, mostrando ainda que o background de Wade ainda pode render muitos outros enredos para as telonas - e aguardo ansiosamente por isso. 

Deadpool 2 já está disponível nos cinemas.

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1 Comentários

  1. Amei que Deadpool 2 tem a cena pós-créditos mais inovadora e divertida de toda a história do cinema, que deixa qualquer cena pós-créditos dos filmes da Marvel no chinelo. Amei ver o ator Bill Skarsgård no filme, é de admirar o profissionalismo deste ator, trabalha muito para se entregar em cada atuação o melhor, sempre supera seus papeis anteriores, o demonstrou em IT a Coisa filme, que se converteu em um dos meus preferidos. Desfrutei muito sua atuação neste filme, acho que cuida todos os detalhes e como resultado é uma grande produção e muito bom elenco.

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