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Mamamoo aposta em latin vibes com Egotistic e já é a música do ano


Nesse blog Mamamoo sempre será enaltecido e dia de comeback é considerado feriado internacional. Hoje foi lançado Red Moon, o sétimo mini álbum de trabalho do grupo, e o assunto não poderia ser outro se não o incrível MV para a sua faixa principal que já é considerada a música do ano, Egotistic, que é o centro deste texto. 

Mergulhando na crescente onda de latin vibes na Coreia do Sul, surgida após o estrondoso sucesso de Despacito no ano anterior, as quatro integrantes do Mamamoo dão o seu próprio tom ao ritmo, quando aproveitam elementos de violão acústico e a sensualidade refrescante latina para entregar uma música madura, com certa picância e extremamente poderosa. 


Ícones feministas e do enaltecimento da autoaceitação feminina e amor próprio, combinam seus incríveis vocais, aparências e personalidades para entregar uma música forte, viciante e dançante sobre estarem cansadas das ações egoístas de um namorado que pensava unicamente em si e, sem mais aguentar conversa fiada, preferem mandá-lo para longe e passarem a pensar um pouco mais em si mesmas.

Nessa libertação de um relacionamento abusivo, elementos da coreografia conversam com a letra, quando rebolam indelicadamente, revelando toda a sua sexualidade que, até então, estava reprimida. No refrão, quando usam a palavra "너" ("você") apontam para fora, revelando o interlocutor, enquanto com o "나" ("eu") são feitos movimentos para dentro, para si mesmo, em uma forma genial de relacionar letra e dança.


A forma como as integrantes tocam em si mesmas ao longo do MV também representa a mesma libertação, assim como as suas vestimentas, mais livres e com mais pele sendo mostrada. Encarar a onça pode estar relacionado a enfrentar o perigo, no caso, o relacionamento em que se encontravam, enquanto o fogo ao fim do MV deixa claro que tudo foi acabado e deixado para trás, sobrando apenas as cinzas ou, até mesmo, nem isso.

Em meio ao "caos" do fogo elas dançam alegremente e os ad-libs adicionados à música nessa parte dão ainda mais força à cena que, simultaneamente, também mostra as integrantes dançando sozinhas em vestidos vibrantes e exageradamente chique, como se estivessem comemorando a sua tão esperada liberdade.


A divisão de linhas é uma das mais justas já vistas (ouvidas?) para uma faixa principal do Mamamoo. Solar, que é a vocalista principal do grupo, tem a maioria delas, mas não ficam muito atrás as outras vocalistas, Heein e Hwasa, enquanto Moonbyul fica para trás, mas mesmo ocupando a posição de rapper não deixa de brilhar na música, seja em suas partes individuais, ad-libs ou mesmo como cantora, uma vez que consegue praticar muito bem ambas funções dentro do grupo.

Seja na divisão de linhas ou de tempo de tela durante o MV, o projeto não destaca demais uma única integrante, sendo assim temos a total impressão de todas as quatro e, dentro de um conceito onde a feminilidade e sensualidade feminina ganham forças, ver a individualidade de cada uma delas de forma justa e bem fracionada é essencial para Egotistic.


Red Moon, que dá nome ao álbum, relaciona-se diretamente a conhecida "lua de sangue" um fenômeno astronômico e raro que ocorre durante o eclipse da Superlua. Há alguns mitos que cercam o acontecimento, sendo o mais popular deles uma visão religiosa que interpreta a lua sangrenta como um indício para os fins do tempo: tentando relacionar ao MV, poderia ser o fim do relacionamento e dos tempos de abuso psicológico, enquanto o tom avermelhado ainda ganha conotação de sensualidade.

Infelizmente Egotistic é a única música do Red Moon que utiliza esses elementos da música latina, mas as demais músicas também são ótimas. Sleep in the Car vem com aquela graça usual do Mamamoo em sempre ter pelo menos uma música piada interna do grupo em seus trabalhos, independente da seriedade do mesmo, e fica melhor ainda se todas as integrantes puderem fazer a rap e se divertirem durante as apresentações. O que é o caso.


A música já havia sido performada no Moosical in Busan e surgiu em cima da agenda apertada do grupo: uma vez que as meninas costumam trabalhar até tarde da madrugada e ir direto de um evento para o outro, possuem pouco tempo para dormir e, por vezes, acabam dormindo dentro do carro durante os bastidores de suas gravações e performances sem nem mesmo poderem tirar a maquiagem.

O álbum é ainda formado de Summer Night Dream, Rainy Season, Sky Sky e Selfish, sendo a última uma parceria entre a integrante Moonbyul e Seulgi, do Red Velvet. Todas as músicas são boas e especiais a sua maneira, mostrando a versatilidade do grupo em fazer músicas lentas, românticas, de rap e até mesmo fofas em um único mini álbum, mas o destaque ainda vai para a faixa título, que consegue reunir os melhores lados do Mamamoo e trabalhar perfeitamente cada detalhe do conceito "mulherão livre" adotado para este comeback: quando somos nós mesmos, as coisas funcionam muito melhor.

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