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Anne with an E e seu sucesso no Brasil: O engajamento dos fãs com o futuro da série, sorteio de livros e mais


Em meio aos inúmeros projetos que buscam a renovação de Anne with an E para a sua terceira temporada, o Elfo Livre conversou recentemente com o Henrique, criador da fanbase AWAE Brasil, @annewithanebr, e com o Kindred Spirits Squad da @AWAEINFOBR, sobre os projetos, popularidade e futuro da série, seus personagens e livros que serviram de base para a produção. 

Em 29 de julho, a fanbase realizou o lançamento da hashtag #RenewAnneWithAnE que, com o apoio dos fãs, conseguiu mais de 72 mil tweets, 700 mil interações, treze horas nos assuntos mais comentados do mundo, 1º lugar nas Trends brasileiras e 9º nas mundiais, atingindo até mesmo alguns atores da série, como Cory Gruter, o Cole da segunda temporada, que solicitou que continuassem com o engajamento.


O Henrique, organizador do projeto, também agradece a todos que participaram: "Todos os fãs da série pediram MUITO para que a gente divulgasse essa tag e a organizamos assim que tivemos um tempo em comum. Ver a quantidade de pessoas usando foi muito massa, não temos tanto seguidores assim, mas todos que temos são sensacionais e fizeram bonito".

Feliz com os resultados e ansioso em alcançar mais pessoas com a sua iniciativa de renovar a série, lançou a oportunidade dos fãs ganharem o primeiro livro de Anne de Green Gables por participarem das tags. Para saber mais como participar, clique na imagem abaixo e leia o Tweet completo.


A crescente popularidade da série, graças ao apoio dos fãs, tem sido sentida pela própria fanbase. Com mais de 5 mil seguidores no Twitter atualmente, viu os números crescerem rapidamente após o lançamento da segunda temporada. "Assim que saiu o trailer, tínhamos acabado de chegar nos 2 mil, e receber toda essa quantidade de mais de um ano de fã-site de novo em poucos dias foi ótimo, não só para a gente, mas também para perceber que mais pessoas estão procurando a série e tornando ela reconhecida", comenta Henrique.

Ainda assim, há muito a ser percorrido, considerando os riscos da série ser cancelada e, como sabemos, o futuro está nas mãos da Netflix, mas Henrique condena a falta de divulgação da empresa: "O reflexo de AWAE por visão dos fãs é muito massa, mas ainda falta divulgação por parte da Netflix, ela merece reconhecimento como qualquer outra série hit. AWAE é uma série linda e desfruta de vários aspectos em um cenário só, isso que a deixa tão diferente de todas as outras do catálogo".


Quando perguntado a qual público ele indicaria a série, a resposta foi ampla, mas muito bem colocada: "Normalmente eu a indico para todos. Ela é uma das poucas séries que, ao meu ver, não possui uma faixa de idade e consegue ter uma linguagem de entendimento tanto para os mais novos como aos mais amadurecidos. A indico para todos que possam ver", afirma.

A série é baseada nos livros de Lucy Maud Montgomery, autora canadense e, ao todo, seis livros fazem parte da franquia original, acompanhando Anne desde os 11 até os 40 anos. Outros livros fazem parte do universo de Green Gables, incluindo uma trilogia focada nos filhos de Anne, onde a personagem aparece em papel menor, e duas coleções de crônicas de Avonlea. Em 2008, uma prequela chamada Before Green Gables (Antes de Green Gables) foi escrita por Budge Wilson e publicada com autorização dos herdeiros de Montgomery, mostrando os dez anos iniciais da vida de Anne.


Entretanto, os episódios não seguem os acontecimentos dos livros ao pé da letra, tendo um espaço de criatividade bem aberto para os responsáveis pelo seriado. Entre as principais alterações está a força em temas sociais, muito abordados na produção. "As produtoras da série já deixaram claro a modificação em alguns aspectos da série em questões a assuntos como racismo, homofobia e feminismo, que foram e são muito bem colocados na série. Todos que assistem já passaram por algum momento desses e é uma forma de auto reconhecimento, em ver que algo tão antigo ainda possui uma autenticidade tão grande mesmo depois de anos", comenta Henrique.

Na segunda temporada, fomos introduzidos ao personagem Cole, amigo de Anne, que ganhou grande destaque por sua sensibilidade e dom artístico, mas também por ser homossexual, enquanto a etimologia ainda era pouco difundida e, o preconceito, ainda maior que hoje em dia. Nos livros, Cole existe, assim como sua sexualidade também é citada, mas ele já é adulto, em textos muito a frente do que tem sido abordado como a base central para a série.


Bash, ou Sebastian, como preferir, também é um dos novos personagens da série que entram com a mesma linha de abordagem social embora, por sua vez, por preconceito racial. Sendo o primeiro personagem negro da série, o homem é ainda "novidade" em Green Gables, "terra de brancos", e podemos ver um pouco da segregação racial muito vigente no fim dos anos 1800, quando a série é ambientada. Nos livros, Bash até aparece como um novo morador, mas é branco e não apresenta grande fluxo narrativo sendo este, portanto, de exclusividade da série, que tem maximizado os dramas e abordagens dos livros. E isso é um ponto positivo.

Um dos administradores da AWAE INFO BR, que surgiu no último mês o intuito de divulgar a série no país e promove a hashtag #WatchAnnEOnNetflix nesta terça-feira (07), disserta sobre: "Essa liberdade de adaptação faz com que a série trabalhe temas atuais sem fazer perder a essência dos livros. Muitos temas que a autora quis trabalhar estão implícitos porque na época ela não tinha essa autonomia. Hoje estamos numa época de discussão sobre racismo, feminismo, assédio, e a série foi genial em abordar esses temas e tem tudo a ver com a mensagem que o livro quis trazer pra sociedade".


Com muito conteúdo a ainda ser explorado com base nos livros, a possibilidade da série ser cancelada por baixa audiência é assustadora. Anne with an E precisa de novas temporadas para continuar a desenvolver seus temas e prestar este lindo serviço a sociedade com sua beleza poética e incomparável doçura ao tratar de tabus. Quem sabe, em um futuro próximo, a bissexualidade de Anne possa ser abordada?

A equipe da AWAE INFO BR explica melhor o assunto: "A própria Anne Shirley é tida como uma personagem bissexual ou pansexual desde a publicação dos livros, há mais de um século. Em uma entrevista que saiu mês passado com a Geraldine James (Marilla Cuthbert) ela fala sobre a relação da Josephine Barry e sua parceira, e diz que a L.M. Montgomery (autora dos livros) não teve oportunidade para esclarecer nitidamente questões homossexuais nos livros por causa da época que foram publicados".


Continua: "Era uma época que mulheres, até mesmo escrevendo sobre temas sem polêmicas, eram obrigadas a ter que criarem pseudônimos, pois usando nomes “masculinos” elas teriam mais chances de terem espaço no meio da literatura e não serem silenciadas. Era complicado. E com certeza se ela estivesse viva ficaria muito feliz em finalmente a saga de Anne Of Green Gables poder ter personagens completos, sendo quem realmente são.".

É complexo ainda o significado subjetivo da série, que ainda abre para muitas outras colocações: "A pureza, sensibilidade e realidade com a qual todos os temas escolhidos são abordados chamam a atenção. Você vê a Anne, uma garota que conheceu o pior do mundo e ainda acredita nele em sua melhor forma, encontrando refúgio nos livros e tentando transformar sua realidade horrível em algo bom. Temos a amizade dela com a Diana, o amor dela por Marilla e Matthew e o quão isso é mútuo. São diversos aspectos na série que conquistam, desde o roteiro até os personagens, a forma como eles são apresentados e desenvolvidos, os cenários e toda a fotografia da série. Tudo em cada detalhe conquista de um jeito único e arrebatador", comenta .


Enquanto isso, continuamos interessados em outros assuntos, conforme o desenvolvimento romântico de Anne e Gilbert tem caminhado lentamente na produção seriada, com poucos encontros entre os personagens e quase nenhuma oportunidade de darem o passo necessário para seguir em frente com seus sentimentos. Isso, entretanto, também é bem enrolado nos livros, onde Anne recebe inúmeros pedidos de casamento de diversas pessoas diferentes - mas citar nomes pode ser spoiler, não é?

Sendo assim, não nos restam motivos para lutarmos pela continuidade da série e os projetos tem sido notados pela Netflix, que publicou recentemente em seu Instagram uma imagem de Amybeth McNulty acompanhada da legenda: "Anne com por-favor-parem-de-gritar-comigo. Para ser sincera, essa série é linda e especial e sei que todos vocês, fãs da Anne, são apaixonados por nossa garota de Green Gables. Prometo atualizá-los sobre Anne assim que eu puder!! 👒". Enquanto aguardamos a resposta oficial (e positiva, por favor!) da Netflix, continue apoiando Anne with an E e ajudando na divulgação da série.

Fotos: Divulgação

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3 Comentários

  1. Parece bem legal! Deu vontade de assistir. Parabéns pelo post :)

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  2. Anne with an E é uma série linda e muito preciosa. A fotografia da série foi o que me pegou de primeira, mas o enredo simplesmente me prendeu e agora eu tô aqui esperando por uma atualização <3 Espero que logo tenhamos uma terceira temporada!!

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  3. É linda essa minissérie... adorei...eu apoiaria sempre esse trabalho maravilhoso... são fatos que até parece que acontece ou aconteceu em muitas vidas .. seus problemas...e depois ...ela é demais...

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