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Geekerela: sobre identificação e amor em trabalho para a faculdade


O semestre chegou ao fim e na última quarta-feira (05) apresentei o trabalho final da disciplina de Literatura Norte-Americana, que consistia na criação de um pôster inspirado em qualquer romance estadunidense: o escolhido foi Geekerela, de Ashley Poston. 

A obra de 2017 foi publicada no Brasil pela Editora Intrínseca e apresenta-se como uma releitura moderna de Cinderela, colocando a protagonista como uma jovem nerd que, desde o falecimento de seu pai, sofre na mão da madrasta má e de suas duas meias-irmãs, mas descobre um príncipe encantado nada convencional que promete mudar a sua vida para melhor. 


A escolha veio pelo amor e identificação que essa leitura despertou em mim. Não no quesito da Cinderela, com sua família desestruturada e todas essas problemáticas já conhecidas do clássico original, mas sim pelo desenvolvimento da protagonista Elle como uma jovem nerd, que se diverte no universo fandom, atua como blogueira, vivencia um lindo amor geek e ainda adota um cachorrinho em situação de abandono.

Quando o lia, sentia que ele havia sido escrito para mim ou por mim. Ashley Poston, que também compartilha das mesmas características que Elle e eu, foi muito sensível em sua narrativa e em como transparecer todos os sentimentos e emoções que carregam essa jornada pelo universo da ficção científica, e muitas outras jovens - inclusive você, leitora do Elfo Livre - podem sentir o mesmo.


Pude contar ainda com o apoio da Intrínseca, que carinhosamente me enviou a arte acima, da credencial da ExcelsiCON, evento fictício do livro que mais uma vez traz um elemento relacionável comigo, já que neste fim de semana estive na #CCXP18, em São Paulo - e prometo atualizações sobre a convenção muito em breve!

Não foram poucas as vezes que eu falei de Geekerela por aqui, como a resenha da obra, uma lista de livros com referências a Star Wars na qual eu fiz questão de citá-lo ou na minha seleção de livros que eu gostaria que virassem filmes (e quero muito!), mas nada foi tão pessoal quanto esse trabalho que apresentei na faculdade.


Acho que posso descrever minha experiência no curso de Letras como bastante privada: fiz sim uma série de eventos e trabalhos dos quais me orgulho, inclusive das notas, mas sempre optei por manter isso de uma forma um pouco mais reservada. Para este trabalho, não teve jeito: eu simplesmente não tinha como falar desse livro sem falar da minha vida, sem usar fotos minhas, e foi gratificante o resultado.

Com uma série de colagens tortas, pessoais, mas muito significativas para mim, encerrei mais uma fase da minha vida acadêmica de um jeito que eu sequer imaginava, mas que me deixou muito feliz comigo mesma por ter vencido uma barreira que até então não havia percebido que enfrentava: a de não deixar as pessoas verem quem eu realmente sou. Acho que agora tenho mais um motivo para amar esse livro.

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