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Podres de Ricos: a comédia romântica com uma representatividade de respeito


Podres de Ricos é uma comédia romântica de 2018 que provou seu valor cultural e cinematográfico. Dirigido por Jon M. Chu com base no livro Asiáticos Podres de Ricos, publicado no Brasil pela Editora Record, aborda o romance entre Rachel Chu, uma professora universitária, e Nick Young, o herdeiro mais desejado de Singapura.

Nessa trama, Rachel se vê entre os problemas de gente rica e encontra-se na mira da sogra, que desaprova o namoro de seu filho com uma qualquer. Em meio a desentendimentos baseados em divergências culturais e de criação, o relacionamento dos dois passa por provações que só serão superadas com aquela boa dose de amor verdadeiro e muita paciência.


Para cumprir o lado engraçado da trama, dá-se elementos como a personalidade desajeitada de Chu e a espontaneidade de sua amiga, Peik Lin, o alívio cômico da narrativa e uma peça importante para todo o desenvolvimento do romance central. Nas diferenças culturais encontram-se, ainda, algumas situações corriqueiras, mas ainda divertidas, nas quais a protagonista é submetida ao pisar neste novo mundo.

Em contraposição com a cultura ocidental, qual estamos inseridos e é comumente representada na televisão, o filme não peca ao contar a versão do outro lado do mundo com ênfase em questões culturais intrínsecas dos asiáticos, como as relações familiares de laços estritos, a importância da primeira impressão e a valorização dos bons costumes - embora também mostre o lado mais contemporâneo, de uma Ásia já mais flexível, com a personagem Peik Lin, por exemplo.


O filme possibilita, ainda, um contato com a cultura dos descendentes, uma vez que Rachel foi uma jovem crescida nos Estados Unidos e, então, tenha convivido mais com a cultura local do que com a de suas raízes familiares, o que a torna "menos oriental" ao ponto de vista dos mais antigos que ainda prezam pela lealdade a sua pátria mãe.

No elenco, nada disso fica para trás: todos os personagens são muito bem representados por atores asiáticos ou de ascendência asiática, garantindo que a representatividade não fique só a termos narrativos, mas também visuais, assunto que está em uma crescente e necessária pauta nos filmes hollywoodianos incluindo, por exemplo, a representatividade negra em Pantera Negra, também de 2018.


Como uma comédia romântica, não deixa de lado alguns dos adorados clichês que envolvem não só os desenvolvimentos e intrigas do casal principal, mas a ênfase no amadurecimento da protagonista que, ao longo das dificuldades e do seu percurso para superá-las, descobre-se mais forte do que esperava e precisará por em cheque os seus valores.

Um ponto mais dramático, entretanto, é adicionado à trama quando os populares triângulos amorosos dão lugar a uma luta muito mais complexa pelo personagem masculino nas quais as demais personagens femininas colocam o dinheiro e o poder acima de qualquer sororidade, dando um ar mais pesado ao cenário quando as ameaças a protagonistas ganham formas trágicas.


Podres de Ricos não é um filme da Disney onde tudo são flores, e isso é o melhor em sua narrativa: apesar de ser uma realidade distante da nossa, tanto por se passar em um país tão distante, de uma cultura tão distinta, quanto por apresentar personagens de uma elite financeira inalcançável, mas que ainda consegue transmitir alguns sentimentos realistas em sua mensagem principal. Vale a pena assistir.

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