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Quem foi Hana Brady e por que devemos contar sua história


Holocausto é o nome que se dá ao genocídio que tomou a vida de mais de seis milhões de judeus entre os anos de 1941 e 1945, durante a Segunda Guerra Mundial. Anne Frank, uma das vítimas, se tornou um dos nomes ícones deste triste episódio da história da humanidade por seus relatos em formato de diário terem sobrevivido aos anos de Guerra, sendo posteriormente compilados em um livro que que já vendeu mais de 30 milhões de cópias em todo mundo, mas muitas outras histórias também podem ser contadas desta época, como a de Hana Brady.

Mas quem foi ela?

Nascida em 16 de maio de 1931, Hana morou com seus pais e seu irmão George, mais velho por três anos, em uma casa na cidade de Nove Mesto, na Checoslováquia. Brady era uma garota muito divertida e feliz, que tinha muitas amigas e ia a escola como esperado de qualquer criança de sua idade, mas teve sua inocência e alegria lentamente tomada pelo Holocausto.


Quando os rumores de guerra começaram a ser difundidos entre os moradores da cidade, a família Brady foi avisada para fugirem enquanto era tempo, mas negaram a possibilidade alegando que este era o seu lar e não o abandonariam. A escolha, apensar de honrosa e muito corajosa, trouxe-lhes consequências mortais.

Quando os nazistas tomaram o país em março de 1939, os judeus foram declarados como perigosos, pessoas de má influência, e precisaram passar a seguir regras cada vez mais restritas: a princípio, foram proibidos de comprar em determinadas lojas e horários, além de não poderem mais viajar; tiveram que esconder seus bens de valor se não quisessem entregá-los aos nazistas, sob pena se fossem descobertos. Até rádios eram proibidos, para que não ficassem informados dos avanços da guerra.


Em seguida, começaram a ser proibidos de frequentarem locais públicos, como cinemas e parques. Hana e seu irmão, George, sentiram a angústia pela primeira vez ao serem barrados da sessão de Branca de Neve e os Sete Anões. Aos poucos, as amigas de Hana também a abandonaram, orientadas por suas famílias a não se aproximarem de judeus. Qualquer ínfimo contato poderia fazer com que mesmo famílias arianas fossem punidas como cúmplices. Para que fossem facilmente identificados, os judeus tinham, ainda, que andar com estrelas amarelas pregadas em suas roupas. 

Como se tudo já não estivesse tão ruim, o Holocausto levou os pais de Hana presos em 1941 e, em maio do ano seguinte, levou a ela e a seu irmão. A garota comemorou seu aniversário de 11 anos em trânsito para Terezin, uma fortaleza militar e município da República Checa que, durante a Segunda Guerra Mundial, abrigou um campo de concentração comandado por nazistas


Em Terezin, posteriormente chamada pelos nazistas de Theresienstadt, Hana se uniu a outros deportados judeus para participar de aulas secretas de desenho, que a mantiveram esperançosa durante sua estadia por lá. Muitos de seus desenhos sobreviveram  ao tempo e podem ser conferidos no site Hana's Story. Lá, Hana podia visitar o seu irmão, também prisioneiro, uma vez por semana, sempre levando-lhe um doce para animar ao menos um pouco a sua vida. Hana era muito generosa.

Seus dias de perseverança e luta pela sobrevivência duraram até 23 de outubro de 1994, quando foi enviada para morrer em uma câmara de gás em Auschwitz, mas sua história precisa ser mantida viva para que este triste episódio não se repita nunca mais. Sua história só circula entre nós hoje em dia graças aos esforços de Fumiko Ashioka, fundadora do Centro Educacional do Holocausto de Tóquio.


Fumiko, após fundar o centro em 1998, liderou uma turma de crianças japonesas ao colocar em prática o seu projeto de conscientização obre a Segunda Guerra Mundial, assunto até então ainda pouco estudado e disseminado entre os japoneses. O seu objetivo era que, por meio do conhecimento sobre o que foi a guerra e o Holocausto, as crianças esta nova geração entendessem o quão triste e errado foi esse episódio da história da humanidade, evitando sua repetição no futuro.

Após muitos esforços para conseguir emprestados itens sobreviventes ao Holocausto que pudessem ficar expostos no museu do Japão e serem utilizados para as aulas com as crianças, foi recebida em março de 2000 uma mala velha com o nome Hanna Brady, erroneamente com dois N, grafado em seu exterior. Sem qualquer informação adicional sobre a dona da mala, a não ser por seu nome, Fumiko deu início a uma jornada de investigação que incluiu muitos telefonemas, e-mails e visitas a Europa e América, mas que não teria ganhado vida se não fosse por sua perseverança.


Com sua dedicação, Fumiko conseguiu descobrir as informações supracitadas sobre Hana Brady, entrando em contato, inclusive, com o seu irmão George, o único familiar sobrevivente. George foi convidado a realizar uma visita ao Japão para conhecer o trabalho de Fumiko e ver com seus próprios olhos como a história de sua irmã estava influenciando e conscientizando crianças japonesas. Foi descoberto, ainda, que a mala que deu origem a descoberta dessa incrível história era, na verdade, uma réplica da original usada por Hana. 

A história de Hana e de Fumiko também foi transformada em livro no ano de 2002 por Karen Levine, escritora e radialista canadense, e já vendeu mais de 1 milhão e 500 mil exemplares. No Brasil, a obra é publicada pela editora Melhoramentos. Seguindo os passos de Fumiko, o livro dissemina para todo o mundo a história de Hana Brady com o intuito de conscientizar pessoas ao redor do globo sobre as crueldades do nazismo e do holocausto a fim e evitar uma nova guerra. É por isso que precisamos continuar falando sobre a história de Hana, de Anne Frank e de todas as outras vítimas dessa barbaridade

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Fontes de pesquisa:
Imagens retiradas do Google

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