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Ano Hana, uma lição de vida


Não é a toa que Ano Hana é um dos animes mais populares de todos os tempos: lançado em 2011, conquistou o público com sua agridoce narrativa sobre uma criança que morreu e, anos mais tarde, volta como um fantasma para reunir seu clube de amigos e realizar um último desejo para, enfim, poder descansar em paz.

Com direção assinada por Tatsuyuki Nagai, conhecido também por Toradora!, a produção conta com 11 episódios que entregam uma mistura perfeita de leveza e profundidade, abordando com grande sensibilidade o tabu do luto sob a ótica infantil/juvenil, focando nas consequências psicológicas de jovens que vivenciaram uma perda ainda tão cedo e não souberam lidar com seus sentimentos.


Neste inesperado reencontro, precisam enfrentar suas diferenças e, também, os diferentes modos como enxergam a falecida: enquanto metade do grupo sofre por sua falta, outra parte deseja que ela parta de uma vez, por motivos pessoais e egoístas que, afinal das contas, só revela o quão danificados foram estes jovens.

Apesar do assunto pesado, grande parte do anime é representada com muita comédia: os personagens são carismáticos e, mesmo no pós-vida, a personagem é intensa e festiva, cujos encantos capturam o coração do espectador. Tal graça, entretanto, também irá colaborar para que os momentos dramáticos sejam ainda mais efetivos: é impossível não se envolver com os personagens de Ano Hana, com lágrimas garantidas em decorrência.


A direção de arte do anime é um elogio a parte: as cenas ao ar livre são de uma beleza profunda, seja nos belos tons de verde da floresta próxima ao campo ou no alaranjado que preenche o pôr-do-sol com uma beleza incomparável. As paisagens nipônicas sempre tornam os animes ainda mais belos, mas o trabalho em Ano Hana é, sem dúvidas, de uma delicadeza a mais.

Elogiáveis ainda são as músicas de abertura e encerramento: Aoi Shiori, performada pela banda de j-rock Galileo Galilei é um verdadeiro hino que continua nas playlists mesmo daqueles que acompanharam o lançamento do anime, quase uma década atrás. Já Kimi ga Kureta Mono, que fecha os episódios, apela para o lado emocional com uma letra que acompanha a sensibilidade narrativa do anime.


Aliás, tudo em Ano Hana é milimetricamente trabalhado em nome desta dramaticidade e do convite às lagrimas: você se apaixona pelos personagens, se identifica com eles, com seus dilemas e, consequentemente, acaba sofrendo por suas dores, em uma empatia que é construída desde as cenas iniciais e alimentada a cada pequeno arco da narrativa. Empatia é, ainda, a palavra chave do anime: ao se emocionar com um personagem, você entende suas aflições e leva um ensinamento de compaixão para o âmbito pessoal.

Em suma, o anime é uma grande lição de vida para pessoas de todas as idades: adulto ou criança, é impossível não se sentir tocado por essa narrativa que trata de assuntos tão delicados com muito cuidado e, mesmo com elementos extraordinários como manifestações espirituais, sem se afastar da realidade. E nem precisa ser um fã de animes para se deleitar com Ano Hana: se você curte uma boa história, você precisa assisti-lo. Para facilitar, o anime está disponível na Netflix brasileira. Não perca!

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