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Meu Pop Virou K-POP, um livro de fã para fã


A Astral Cultural lançou em agosto deste ano o livro Meu Pop Virou K-Pop, escrito pelas youtubers Midori e Gaby Brandalise, fãs deste estilo musical que está conquistando o mundo com muita autenticidade e talento.

Ao contrário de outros "livros de youtubers", que costumam ser apresentados como uma autobiografia dos influencers, este está mais para um diário, com relatos das experiências pessoais que cada uma das meninas teve com o K-POP e com a Coreia do Sul. Assim, conversam abertamente sobre suas primeiras impressões e gostos particulares.

Embora possa soar algo muito pessoal ou individualizado, causa grande impacto emocional nos leitores que também são fãs e, consequentemente, passaram por situações semelhantes ou compartilham gostos pelos mesmos grupos e artistas - ou, mesmo que tenham grupos ultimates diferentes, ainda assim consegue se identificar pelo sentimento quase unificado que é se apaixonar por um artista de K-POP. 

É assim que, muito delicadamente, Midori conta sobre como se recusou a assumir seu lado k-popper e sua verdade identidade durante muitos anos, fingindo ser quem não era para se enturmar, até finalmente se aceitar e hoje ser a maior youtuber brasileira do ramo, enquanto Gaby narra como o SHINee a tirou não só de um coma musical, mas de uma vida monótoma que já não a representava mais, libertando-a a seguir seu sonho de ser escritora e, hoje, ser a autora do romance Pule, Kim Joo So, inspirado em dramas coreanos.


Ter o K-POP em suas vidas trouxe não só músicas novas a playlist, mas uma redescoberta pessoal que vai desde seu estilo de cabelo a novas possibilidades profissionais e viagens a um país do outro lado do mundo que, há até poucos anos, seria algo inimaginável. Narram um pouco sobre seus primeiros e mais marcantes shows, seja como fã ou a trabalho, e descrevem ainda sobre seus grupos preferidos: 2NE1, BTS, EXO e SHINee se destacam na lista, mas sem deixar de lado Big Bang, ACE, Girls' Generation, 4Minute e muitos outros queridos delas e de todo o público.

Entretanto, nem tudo são flores: o livro também aborda sobre o preconceito que sofreram como fãs adultas de pop mainstream, o preconceito que sofreram na Coreia como fãs estrangeiras e até mesmo experiências desconfortáveis que tiveram com idols que não tiveram atitudes dignas de uma fanfic, trazendo as primeiras decepções - mas que também foram importantes para suas vivências e entendimento redondo do que é K-POP.

Mesmo os assuntos mais tensos são tratados de forma muito espontânea, como se fosse uma conversa informal ou a transcrição de um vídeo do YouTube. As garotas relatam tudo com muita liberdade, inclusive na linguagem, onde cabem gírias e expressões tanto "mundanas" como do universo da música sul-coreana.

Neste sentido, o livro é inegavelmente escrito para os fãs de K-POP: palavras como bias, ultimate e fansign podem parecer coisa de outro mundo para quem não está familiarizado com o famigerado dicionário k-popper, e não há muita descrição ou explicação para este tipo de vocabulário. É algo que você só passa a entender de verdade quando o seu pop vira K-POP.


O livro todo é muito bem trabalhado, com uma diagramação especial e colorida que faz jus ao tema tratado. Com muitas ilustrações, traz fotos belíssimas de grupos e idols do gênero musical e das autoras, que abrem seu arquivo pessoal para revelar imagens pessoais de momentos marcantes em shows e festivais, ao lado de suas coleções de CDs ou mesmo com pôsteres em tamanho quase real de seus artistas preferidos.

Com um propósito de "de fã para fã", é uma boa e rápida leitura para aqueles que não estão buscando nenhum tipo de profundidade no assunto, mas sim um ombro amigo que te entenda quanto ao carrossel de emoções que é ser k-popper. Independentemente da sua idade, grupos preferidos ou se é um inscrito no canal das autoras, se você gosta de K-POP este livro irá te tocar

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