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Abominável chegou tímido aos cinemas, mas impressiona com esplendor


DreamWorks Animation já deu vida a filmes incríveis como Shrek (2001), Como Treinar o Seu Dragão (2010) e A Origem dos Guardiões (2012), mas nenhum tão impressionante quanto Abominável (2019). Em parceria com a Pearl Studio, o filme é dirigido por Jill Culton e Todd Wilderman, e promete ser a sua nova animação preferida

Na trama, Yi é uma jovem de Xangai que descobre um bebê yeti em seu telhado. Perseguido por cientistas e colecionadores, a criatura corre riscos e precisa voltar urgentemente para o Himalaia. Yi promete ajudá-lo, e seus amigos Jin e Peng acabam embarcando nessa jornada que se revela como uma experiência visual única. 


Acompanha-se no filme 3 mil milhas das mais extraordinariamente indescritíveis paisagens, com um trabalho artístico mais do que excepcional que tona a animação exponencialmente impecável, com cores vivas que realçam ainda mais as belezas naturais locais, sem contar o toque de magia yeti que traz um lado encantador para o filme, que não se importa em brincar com o que é real ou fictício.

Pode parecer exagero, mas é possível afirmar que, ao menos visualmente falando, Abominável conseguiu ultrapassar a qualidade de muitos filmes da Disney, que até então tem sido o padrão comparativo para as grandes animações cinematográficas. O diferencial talvez esteja no enredo, que se assemelha muito mais àquela marca da DreamWorks, bem forte na trilogia Como Treinar o Seu Dragão.


Assim como nos filmes de Banguela e Soluço, Abominável nos apresenta uma bela relação de amizade, confiança, respeito e amor puro entre um adolescente e uma criatura por muitos temidas, mas que na realidade só é mal-compreendida. Trata-se de um enredo repleto de boas mensagens e lições de vida, equilibrando o drama com aquele já conhecido toque de humor na medida certa, dado em situações ou personagens de alívio cômico.

A trilha sonora também é perfeitamente admirável com a presença da inesquecível Fix You, o Coldplay, e Beautiful Life, canção original da Bebe Rexha para o filme, com sua voz suave que agrega ainda mais valor e emoção a essa delicada história. As músicas abraçam perfeitamente a narrativa, deixando-a ainda mais doce.


Apesar dos gracejos e da perfeição em sua apresentação e desenvolvimento, o filme não escapou de levantar polêmica geopolítica, praticamente inevitável quando Hollywood tenta retratar a cultura da Ásia Oriental. O problema está em um dos mapas mostrados no filme, que apresenta a "linha de nove raias" utilizada unilateralmente pela governo chinês para reivindicar áreas no mar do sul, território em disputa por países do sudeste asiático. Devido a briga política e posicionamento pró-China da animação, até por ser ambientada em Xangai, o longa foi proibido no Vietnã, um dos países que rejeita os ditos "direitos históricos" chineses.

Fora isso, não há do que reclamar da trama: emocionante e divertida, com uma cativante trilha sonora e um apelo óptico mais do que excepcional, a produção é sem dúvida um dos mais incríveis lançamentos não só de 2019, mas da década, e sem exageros estaria facilmente entre as maiores produções da história do cinema animado se não fosse por seu marketing tímido, fazendo com que poucos conhecessem essa verdadeira obra de arte que merece ser apreciada.

Fonte: MSN, Wikipédia

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