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Girlboss é boa, mas nem tanto


Passei o mês de abril inteiro ansiosa para a estreia de Girlboss, nova série original Netflix que chegou ao serviço de streaming no último dia 21. Trata-se de um seriado baseado no best-seller autobiográfico de Sophia Amoruso, fundadora da Nasty Gal, uma famosa marca de roupas fundada em 2006. Não que eu me interesse pela pauta, o trailer apenas me chamou a atenção e devorei os treze episódios curtíssimos em pouco mais de um dia, mas isso não quer dizer que a série é perfeita.

As coisas parecem ser boas quando uma jovem rebelde se recusa a aceitar a vida adulta e bate de frente com um pai autoritário que preza por um "emprego de verdade". O lance de Sophia é a moda, é quando decide que pode conciliar o útil ao agradável começa a vender roupas vintage na internet e ganha reconhecimento por isso. Mas o ritmo da série é chato. 


Enquanto vejo muitas pessoas pedirem por uma segunda temporada (que julgo extremamente desnecessária), fico imaginado que talvez o enredo pudesse ter sido melhor aproveitado em um filme. Você passa vários episódios esperando que algo aconteça, mas as coisas parecem não sair do lugar. O grande foco no relacionamento da protagonista com seu "namorado" frusta aqueles que assistem à série interessados no lado empreendedorista independente e de quebras de conceitos de moda vintage. Se ao menos tivesse química... mas me recuso a me aprofundar em comentários sobre essa parte da trama.

O gênio forte, lifestyle rebelde e péssimas atitudes da protagonista mostram que não só de gentilezas se constrói um império, mas causam um incômodo difícil de aturar. Há uma linha entre ser forte e ser impertinente, mas a ênfase em suas falhas acerta ao abordar o crescimento pessoal por torna-la mais real, próxima dos telespectadores, mostrando que o mundo nem sempre é amistoso, justo e delicado. O mundo é difícil. E é mais difícil ser jovem e não se identificar pelo menos um pouco com ela, mas ainda é preciso reconhecer que suas ações não são as mais ideais ou gentis.


Essa identificação pessoal acaba tornando-se o ponto principal da série, já que a administração empresarial independente foi deixada de lado na metade do caminho para focar em relacionamentos forçados e cenas sem sentido. Compensa-se em alguns discursos motivacionais que ressuscitam um pouco da graça da protagonista apática que se veste bem, raros momentos que transformam sua chatice em uma espécie de poder inspirador, ainda arrogante, mas menos desagradável.

No geral, Girlboss é uma série razoavelmente boa com uma trilha sonora maravilhosa, mas que poderia ser melhor se os personagens não fossem tão chatos (se Sophia já é meio ruim, Dax, seu "namorado", consegue ser péssimo) e não desse tantas voltas para falar tão pouco. Esperava mais, bem mais, mas vale a pena assistir para tirar as próprias conclusões, ver alguns belos figurinos, ouvir umas músicas legais e passar um pouco de raiva. 

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6 Comentários

  1. Hellou Karol, que legal você falar dessa serie, porque é bom ouvirmos opniões sinceras, apesar de ter netflix ainda não assisti nenhuma original de lá, mas tinha ouvido falar de girlboss opniões na qual me deixaram com muita vontade de assistir, porém com sua resenha me fez hesitar, aliás também gosto de histórias bem aproveitadas e andando em outro ritmo, vamos ver...

    yeah-dreamhigh.blogspot.com.br

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    1. Se chamou a sua atenção, aproveite para assistir. Eu sinceramente não gostei muito, como pôde ver na resenha, mas quem sabe você goste? De outras séries originais, recomendo Stranger Things, Sense8, Orange is the New Black e Jessica Jones são as minhas preferidas (tenho resenha de todas aqui no blog).

      Beijos <3

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  2. Eu sou muito do time dorama então para um seriado americano me chamar atenção é difícil (venham haters!). Mas esse foi um que tinha dado vontade de assistir pelos trailers no twitter. Personagem inconveniente e foco no romance quando se tem outro assunto interessante para explorar são dois defeitos que me dão raiva então a resenha me pegou de surpresa haha mas já que é uma série curtinha ainda estou a fim de ver mesmo que seja para ter o direito de falar mal haha :v super bem escrito como sempre Karol!

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    1. Eu até que consigo conciliar os doramas com os seriados americanos, mas o sofrimento é em dobro, Fer, não recomendo AHUAHUAHUAH. Eu normalmente não me importo com enfoque em romance, mas é que esse relacionamento dos dois não me desceu mesmo :(, também me pegou de surpresa pois achava que ia amar a série, não foi o que rolou.

      Mas assista sim! Ela é curtinha, dá pra devorar fácil em um fim de semana e assim você tira suas próprias conclusões. Vai que gosta, né? AHUAHUAH

      Beijos!
      Obrigada pelo comentário. <3

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  3. kkkkkkk passar um pouco de raiva é ótimo!

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