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Maze Runner, a trilogia que me pegou de jeito


Com o lançamento iminente do terceiro e último filme de Maze Runner, A Cura Mortal, resolvi finalmente ler a obra que serviu de inspiração para a trilogia cinematográfica que já venho acompanhando há alguns anos. Foram três livros de aproximadamente 350 páginas cada lidos em apenas cinco dia, o meu maior recorde, e só consigo dizer que estou apaixonada por este universo distópico e seus personagens.


Correr ou Morrer é o primeiro volume da saga escrita por James Dashner, publicado pela primeira vez em 2009, nos Estados Unidos, e um ano mais tarde pela V&R Editoras no Brasil, posteriormente recatalogado como parte do selo Plataforma 21. É neste que conhecemos e nos apaixonamos pelos principais personagens da série e também passamos por nossos primeiros momentos dramáticos: essa coisa de pegar mais leve no começo não tem vez, o sofrimento vai do começo ao fim quando se trata de Maze Runner, embora a tendência seja sempre de piorar. Realmente não é um livro para leitores de coração fraco.

Ao acordar dentro de um elevador escuro e em momento, o jovem Thomas consegue-se lembrar apenas de seu nome, e as coisas não melhoram quando atingem a claridade, depositando-o em um lugar fechado por muros gigantescos, identificado como A Clareira, cujos habitantes, algumas dezenas de outros garotos de aproximadamente a sua idade, sabem tão pouco quanto ele. Nenhuma garota. Pelo menos não até o dia seguinte, quando a primeira chega com péssimas notícias e muitos segredos que desencadeiam uma missão perigosa aos ditos clareanos.

O livro segue por um ritmo bem rápido, o que demorou anos para acontecer é realizado em poucos dias após a chegada dos dois últimos jovens à clareira, demostrando sua eficiência e importância como peças desse tabuleiro montado pela CRUEL. Toda a angústia e sofrimento desses jovens que tiveram que aprender sobre convívio e sobrevivência em sociedade muito cedo chega a ser horripilante, ainda mais com a ideia de um labirinto que, mesmo sendo percorrido há dois anos, nunca teve sua saída encontrada e, durante a noite, revela-se como o lar de verdugos, monstros nojentos e sem piedade. 

O final chega a ser um pouco traumatizante, mas a deixa para uma continuação é perfeita e o leitor sente a necessidade de devorar sua segunda parte logo em seguida. Foi o que eu fiz. Prova de Fogo, entretanto, foi uma leitura um pouco mais cansativa que a primeira para mim. A narrativa começa logo onde acaba a primeira, apresentando um momento de calmaria na vida dos clareanos, mas sua felicidade dura pouco e os garotos são colocados em risco novamente.


Embora a aventura e os desafios sejam intensos e constantes, inclusive com a apresentações de novos cenários, finalmente fora do labirinto, e com a inserção de outros personagens, ditos como membros de um segundo grupo ou os ameaçadores Cranks, inclusive com a apresentações de novos cenários, finalmente fora do labirinto, e com a inserção de outros personagens, ditos como membros de um segundo grupo ou os ameaçadores Cranks, o livro acaba se perdendo um pouco quando foca mais na descrição dos sonhos de Thomas que de suas atividades quando acordado, como em uma tentativa de apresentar o passado do protagonista que recebe flashes de memória durante o sono, mas esquecendo-se por alguns capítulos de avançar na vida real.

Dessa vez, em um deserto de calor hostil e cercados de Cranks, pessoas violentas e famintas transformadas pelo avanço do fulgor em seus corpos, o grupo de amigos precisará de bem mais do que força nas pernas para conseguir sobreviver a esta nova etapa do desafio que é suas próprias vidas. Dentre os novos rostos, o destaque vai para a dupla Jorge e Brenda, apresentados como infectados em estágio inicial que prometem ajudá-los a atravessar o deserto em troca da cura, mas que acabam sofrendo tanto quanto aqueles que já conhecemos. 

Thomas, na verdade, passa por um momento de confusão mental e conflito interno durante todo o decorrer deste livro, não entendendo muito bem os próprios sentimentos, com dúvidas em relação a suas próprias escolhas, no que e quem deve confiar e porquê. Essas adversidades pessoais e todas as mudanças na rotina do rapaz afetam suas relações, principalmente com Teresa, e são essenciais para a continuidade da trama - que revela muitas mudanças em sua terceira e última parte, A Cura Mortal.


Apesar de ser o mais duramente criticado da trilogia, foi o que mais me agradou enquanto lia, devorando-o completamente em menos de um dia. Nesta narrativa, o desfecho é precedido pela descoberta de um plano da CRUEL que pode trazer consequências ainda mais desastrosas a humanidade, enquanto esta promete que não possui mais nada a esconder. Thomas e seus amigos, entre infectados e imunes, encaram a fase final de um experimento que esconde uma verdade terrível. 

O livro traz alguns retornos inesperados, porém muito bem-vindos, juntando algumas peças que ficaram incompletas nos livros anteriores que nem esperávamos que fossem acontecer. energético, com forças acentuadas enquanto o mesmo deixa de poder ser dito quanto as esperanças. Se você já não gosta de Teresa, irá odiá-la, e a CRUEL mais do que nunca faz-se confusa para ambos personagens e leitores, todos em dúvida sobre sua possibilidade de ser boa ou não, se é certo confiá-la ou não, se o sofrimento valerá a pena ou não. Ainda mais um sofrimento letal. 

O desfecho não é o mais esperado ou convencional para uma narrativa de aventura, sendo, talvez, o principal motivo do incômodo de grande parte dos leitores quanto sua experiência com o último livro da saga. Eu, entretanto, assumo este volume como o meu preferido da trilogia e destaco que o final não poderia ser melhor. Há momentos que, para nós, como fãs, possam ter parecido desnecessários pois clamamos sempre por um final feliz na expectativa de, na fantasia literária, nos distanciarmos das dificuldades e caminhos árduos que já estão intrínsecos em nossas vidas reais e pessoais.


Um final um pouco mais tenso e ainda com dúvidas no ar pode parecer um sinal de desrespeito a todo o sofrimento vivido pelos personagens ao longo da obra, mas é algo mais próximo da nossa realidade e, por verossimilhança, faz-se competente e digno de uma obra ficcional que busca criar um acontecimento próximo da nossa realidade, como Maze Runner com a propagação do fulgor.

Quanto as adaptações cinematográficas, embora tenha assistido ao filme antes, percebi algumas diferenças em sua versão original. Continuo não me incomodando com as mudanças. Acredito que enquanto a alma de uma narrativa literária faz-se presente em suas novas mídias, a adaptação fez um bom trabalho. Essa questão de tudo precisar ser perfeitamente idêntico, para mim, é desnecessária, e acho o filme bastante convincente no quesito de apresentar a história dramática e aventureira de jovens confusos na luta pela própria sobrevivência após serem abandonados, sem memórias, por uma organização com a missão de salvar o mundo.

Nas vésperas do lançamento do filme de A Cura Mortal, fico ainda mais ansiosa após a leitura, sedenta por ver como atores como Dylan O'Brien, Thomas Sangster, Kaya Scodelario, Ki Hong Lee e Rosa Salazar viverão a aventura final de Thomas, Newt, Teresa, Minho e Brenda, respectivamente, e como o diretor Ws Ball trabalhará com o texto de James Dashner e sua conversão para o formato live-action. O filme chega em 25 de janeiro pela 20th Century Fox Film

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1 Comentários

  1. Olá
    Eu li a trilogia ano passado e mal posso esperar pelo último filme. Eu gostei muito dessa trilogia porque ela não tem aquele final clichê tipo felizes para sempre.

    Vidas em Preto e Branco

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