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A Câmera de Claire coloca a vida em ênfase no Festival de Cannes


Sucesso do Festival de Cannes de 2017 e premiado no International Cinephile Society Awards, A Câmera de Claire (La caméra de Claire) é um filme dramático, escrito, produzido e dirigido por Hong Sang Soo, um dos maiores ícones atuais do cinema sul-coreano reconhecido, principalmente, por suas características metalinguísticas abordadas em filmes protagonizados pela atriz Kim Min Hee e, este, não é diferente. 

Após 'Na Praia à Noite Sozinha' e 'O Dia Depois', a dupla que teve casos na vida real retorna para as telas neste trabalho coreano-francês protagonizado também por Isabelle Huppert, premiada atriz francesa, e rodado durante o Festival de Cannes de 2016, mas que só passou a ser disponibilizado para os cinemas internacionais em 2018, com distribuição brasileira sob responsabilidade da Pandora Filmes. 


"Manhee (Kim Min-hee) é agente de filmes e foi demitida por sua chefe sem explicações. Claire (Isabelle Huppert) é uma professora de música apaixonada por eternizar momentos com sua polaroid. As duas se encontram por acaso durante o Festival de Cannes e desenvolvem uma amizade quase instantânea. Através das fotografias de Claire, pequenos detalhes sobre a vida de ambas começam a ser revelados."

Assista ao trailer abaixo:


Esta nova produção de Hong Soo segue com o estilo minimalista e dialogal já conhecido de seus filmes, com a mesma pegada existencialista em que os personagens se desenvolvem não por meio de ações, mas de conversas entre amigos, quase sempre com muita bebida e comida envolvida nas cenas.

Com a presença de uma co-protagonista francesa, torna o filme em um tom trilíngue, coreano-francês-inglês, e a cada fala é possível sentir a gentiliza e honestidade de seus personagens que, inocentemente, brincam com as barreiras linguísticas em conversas até mesmo infantilizadas no plano verbal, mas profundas em significação.


O fio narrativo da produção apoia-se ainda no cachorro de uma lanchonete, dando um ar de coincidências e pontos de igualdade entre as personagens que tiveram seus dias tocados com a presença do animal que aparece até em um dos pôsteres promocionais do filme, tamanha sua importância.

As fotografias, como o próprio nome da obra sugerem, também atuam de forma semelhante para com a estrutura da narrativa, mas com ainda mais força tendo, na câmera de Claire (não é legal quando usamos o nome do filme?), o registro de encontros e desencontros que marcam a dicotomia entre a união feminina em meio a um machismo descarado e problemas em ambos âmbitos profissionais e amorosos.


Mesmo com planos longos e diálogos verborrágicos, é um filme leve e, em comparação aos demais trabalhos do ator, até mesmo mais cômico e aliviado, com uma duração curtíssima de exatos 69 minutos de uma jornada de autodescoberta narrada atrás do encontro de duas mulheres estritamente diferentes, mas ao mesmo tempo muito semelhantes que, sem querer, ajudam uma a outra com a vida sempre em ênfase.

O filme já está disponível no Brasil desde 24 de maio e você pode conferir as cidades participantes pelo site da Pandora Filmes.

O acesso do Elfo Livre ao filme foi uma cortesia do Pandora Filmes.

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