Escolha do editor

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Os 7 melhores livros da Intrínseca que li em 2018


A Editora Intrínseca é, sem sombra das dúvidas, uma das que eu mais consumo e que menos me decepciona. Seus lançamentos, de melosos romances juvenis a tramas de roer as unhas de tanto suspense, conversam diretamente comigo e com os meus gostos, então busco sempre me atualizar nos lançamentos da editora. Neste ano não foi diferente e comento, nesta publicação, as minhas sete leituras preferidas de 2018, todas assinadas pela Intrínseca, embora nem todas tenham sido publicadas neste ano: 

Tartarugas até lá embaixo, por John Green


Seis anos se passaram desde A Culpa É das Estrelas até John Green publicar um novo romance, fruto de muita pesquisa e dedicação. Neste livro conhecemos Aza Holmes, uma jovem de dezesseis anos que luta contra seu transtorno obsessivo compulsivo e ansiedade, apavorada pelas bactérias que vivem em seu corpo, a possibilidade de acabar morta pelas parasitas que habitam seu estômago e a necessidade de checar constantemente o corte em seu dedo para garantir que não infeccione. Quando surgem as notícias do desaparecimento de um bilionário local, pai de um de seus colegas de infância e cuja recompensa a quem ajudar a descobrir sobre seu paradeiro é deveras tentadora, Aza une-se a sua amiga Daisy em uma jornada para desvendar os mistérios, mas envolve-se mais do que o planejado.

Além de sua incrível abordagem representativa sobre como é viver com estes transtornos, com um ponto de vista bem intimista já que faz parte da vivência pessoal do próprio autor, o livro destaca-se por suas referências nerds, muitas delas bem atuais como a Rogue One, spin-off de Star Wars lançado em 2016, e a presença de smartphones e redes sociais que dão ao livro um toque bastante contemporâneo. A obra teve seus direitos de adaptação comprados pela Fox e deve virar filme em breve, mas novos detalhes não são revelados desde dezembro de 2017, quando a informação foi revelada. 

Pequenos Incêndios Por Toda Parte, por Celeste Ng


Eleito um dos melhores livros de 2017 pelos principais veículos estadunidenses, a obra chegou ao Brasil em maio desde ano e já se tornou um dos queridinhos do público com uma história enigmática onde os segredos mais profundos surgem em meio aos desastres da até então mais organizada comunidade. Tudo corria bem em Shaker Heights até a chegada de Mia Warren, a mãe solteira de uma filha adolescente que logo vê sua vida conectada a da família Richardson, uma das famílias mais influentes e organizadas da região, capaz de moverem montanhas para eliminar qualquer ameaça a ordem local. 

O desprezo pelas diferenças sociais, as diferentes configurações de família e aborto são assuntos chave desta trama dramática e repleta de suspense, com personagens a serem amados e outros muito a serem odiados. A obra possui pouco mais de 400 páginas, mas a leitura é extremamente rápida, impossível de fechar o livro sem antes falar "só mais um capítulo" pelo menos por mais uns seis capítulos, de tão cativante que é a escrita e a narrativa de Celeste. O romance está atualmente em processo de adaptação em formato seriado pela Hulu, em projeto comandando pelas atrizes Reese Witherspoon e Kerry Washington. 

Tudo o que Nunca Contei, por Celeste Ng


Sim, Celeste de novo. Em seu romance de estreia (e republicado no Brasil com nova capa), acompanhamos a misteriosa história de morte de Lydia Lee, uma garota que não apareceu para tomar o café da manhã e logo teve seu corpo descoberto no lago de uma cidade de Ohio. Filha de uma família sino-americana que nunca se adaptou muito bem aos costumes do ocidente, não aparentava ter nenhum segredo, mas as aparências sempre enganam e, conforme a investigação é encaminhada, seus pais descobrem que muito pouco sabiam sobre a vida da própria filha. 

Livros de suspense, quando bem escritos, tornam-se viciantes, e Celeste Ng tem se provado uma excelente autora. A morte da garota perde importância na narrativa quando os segredos que ela escondia em vida vão sendo revelados e, assim como seus pais, vamos conhecendo um lado de Lydia de ninguém seria capaz de imaginar, mas que pode ser relacionado a realidade de muitos jovens. Passado no fim dos anos 70, percebemos o contraste das épocas e este é um dos pontos positivos da trama, assim como conhecer um pouco mais sobre a cultura oriental e a adaptação de chineses nos Estados Unidos, assim como o preconceito dos norte-americanos com as raízes asiáticas. 

Para Todos os Garotos que Já Amei, por Jenny Han


Quem não se apaixonou por Noah Centineo em 2018 que atire a primeira pedra, mas nós também amamos o Peter Kavinsky dos livros, certo? O popular filme lançado pela Netflix é baseado em uma trilogia literária homônima, cujo volume de abertura nos apresenta a Lara Jean, suas cinco cartas de amor e o mistério delas terem sido enviadas sem seu consentimento, causando uma reviravolta em sua vida amorosa - mas para melhor, embora todos os problemas que vêm como consequência de ter seus crushes, mesmo os já superados, expostos contra a sua vontade.

Além de ser um daqueles romances juvenis clichezões e super dignos de assistir no fim de semana, o que a gente ama, o livro traz alguns aspectos culturais super bacana, já que as Irmãs Song são descendentes de sul-coreanos por parte de mãe, falecida, e e de pai americano. O impacto do encontro dos dois países no desenvolvimento das meninas é muito importante, pois embora vivam como típicas adolescentes americanas, trazem tradições festivas e a alimentação regional que o pai, mesmo com dificuldades, tenta manter para não privar as meninas de suas raízes.

O Homem de Giz, por C.J. Tudor


Em 1986, Eddie e seus amigos, todos entediados de viverem em uma cidade pacata, encontraram diversão ao criarem um código secreto e seguirem uma série de desenhos feito a giz, mas tiveram sua graça interrompida quando descobriram um corpo desmembrado no bosque, traumatizando-os para sempre. 30 anos mais tarde, os agora adultos receberam uma estranha mensagem: um homem de giz enforcado. Quando um deles foi dado como morto, Eddie percebeu que tinham um mistério a desvendar e, para isso, precisariam enfrentar mais uma vez seus medos e traumas do passado.

O enredo traz uma sensação de familiaridade confortável com as narrativas de Stephen King, especialmente It, e Stranger Things, graças a nostalgia dos anos 80, suspense e protagonismo infantil, e estes pontos são os principais atrativos da obra de estreia de Tudor, escritora, repórter e fã da obra de King que nos presenteou em 2018 com esse incrível lançamento literário - e já estamos ansiosos para mais livros da britânica.

Simon vs a Agenda Homo Sapiens, por Becky Albertalli


Ocorreu em março a tão aguardada estreia de Com Amor, Simon, filme baseado no romance de Albertalli que agora ganha vida nas telonas com nomes queridíssimos como Nick Robinson (Tudo e Todas as Coisas), Keiynan Lonsdale (The Flash), Katherine Langford (13 Reasons Why) e Jennifer Garner (De Repente 30). Na trama, Simon sofre para manter sua sexualidade em segredo, tanto dos pais como de seus amigos, mas as coisas fogem de seu controle quando alguém espalha a verdade para todos da escola. O que Simon não esperava é que esta revelação lhe traria um novo interesse romântico, mas anônimo, com quem conversa pela internet: quem será Blue?

O longa de coming-of-age (passagem da adolescência pra vida adulta) é uma comédia romântica super contemporânea e representativa sobre as dificuldades de esconder um segredo tão grande - e o quão solitária essa jornada pode ser -, mas com o gostinho adocicado de um romance inocente que preenche o coração não só do protagonista, mas do leitor. O livro foi relançado pela Instrínseca com nova capa e título comemorativos ao filme, mas nos nossos corações sempre lembraremos de "Simon vs a Agenda Homo Sapiens".

Como eu Era Antes de Você, por Jojo Moyes


Ok, esse livro nem é tão novo assim e o filme já foi lançado há um tempão, em 2016, mas só li agora. Shame on me. Lançado em 2013 (e relançado três anos mais tarde com a capa do filme), o livro de Moyes nos apresenta a engraçada Louisa Clark, protagonista que pode ser descrita como o extremo oposto de uma pessoa ambiciosa: sem se preocupar muito com o futuro, só deixa seu emprego pacato como garçonete quando a lanchonete precisa fechar as portas. Sem qualificação nenhuma, as opções para Clark são poucas, e não pode recusar a oportunidade de trabalhar como a cuidadora de um rico e amargurado tetraplégico, Will Traynor.

A relação entre pessoas de personalidades e mundos tão diferentes é a principal atração do romance, porque nós adoramos o clichê do casal que se completa por contraste, certo? O desenvolvimento dessa relação é regado a mudanças positivas na vida de ambos, em como dois adultos de universos distintos conseguem aprender um com o outro quando baixadas as barreiras do preconceito. Além disso, outro aspecto interessante na obra é a tetraplegia, já que poucos best-sellers trouxeram, até hoje, deficientes motores como protagonistas. Só não se esqueça de preparar os lencinhos.

E você, leu algo da Intrínseca nesse ano?
Qual foi a sua leitura preferida?

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