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A Mala de Hana: uma história real de perseverança e conscientização


Publicado no Brasil pela editora Melhoramentos, A Mala de Hana é uma obra que retrata com muita sutileza e sensibilidade a crueldade a quais as crianças judias foram submetidas durante o Holocausto, contando a envolvente história de uma professora japonesa, Fumiko Ishioka, que perseverou em sua busca por mais informações sobre Hana Brady, uma das vítimas da Segunda Guerra Mundial.

Sob narrativa da jornalista e radialista Karen Levine, o livro nos apresenta a história de como Fumiko inaugurou o Centro Educacional do Holocausto de Tóquio e liderou uma turma de conscientização infantil sobre os males da guerra, visando que, por meio do conhecimento, um novo evento tão triste quanto este seja evitado.


Com poucos itens emprestados de museus europeus, Fumiko conseguia ensinar suas crianças sobre o Holocausto, mas um dos objetos chamava não só a sua atenção, como a dos alunos: a mala de Hana. Trata-se de uma mala velha, porém conservada, com o nome de Hanna Brady gravado em seu exterior. Inicia-se uma jornada cansativa para descobrir mais sobre quem foi a dona dessa mala. 

O livro é narrado de duas formas, intercalando as leituras a cada novo capítulo: em um deles, mostra-se a luta e perseverança de Fumiko, em meio a telefonemas, e-mails e viagens que pudessem lhe dar qualquer pequena informação que seja sobre o passado e paradeiro de Brady e sua família; no seguinte, conta-se um pouco sobre a infância de Hana e como foi sua vivência durante a Guerra, já revelando ao leitor alguns dados apurados pela pesquisadora japonesa.


Nas partes em que Hana é protagonista, o relato biográfico assemelha-se um pouco ao já conhecido O Diário de Anne Frank, livro ícone da Segunda Guerra Mundial por conter páginas do diário de uma garotinha que vivenciou o pior do ser humano entre o final dos anos 30 e início dos anos 40, no auge do comando de Hitler. A relação entre as duas obras se dá pela participação do olhar infantil, rico em inocência e esperança, com o qual temos muito a aprender ainda hoje.

Aprendemos também nas partes centradas em Fumiko e sua jornada: o sucesso de seu projeto de conscientização com crianças japonesas se deve a curiosidade e esforço de seus alunos, sim, mas principalmente pelo seu esforço pessoal em nadar contra a maré para descobrir mais detalhes sobre uma história que, se não fosse por ela, provavelmente teria sido esquecida - ou, sequer, nunca descoberta


O site oficial de A Mala de Hana traz uma descrição muito sensível sobre Fumiko e seus esforços: "Através da tenacidade e do trabalho duro de Fumiko, ela conseguiu descobrir a história por trás da dona de uma velha e simples mala emprestada a ela pelo Museu de Auschwitz. Sua missão a levou ao Canadá e ao irmão sobrevivente de Hana Brady, a dona da mala. O trabalho de Fumiko estimulou a imaginação de milhões de crianças em todo o mundo e ela recebeu um doutorado honorário em Educação pela York University, em Toronto. Fumiko agora viaja pelo mundo falando para crianças e adultos sobre a necessidade de aprender com nosso passado e presente, encorajando as crianças a se tornarem cidadãos ativos na mudança e moldando seu futuro."

A história, desenrolada em três continentes, é extremamente inspiradora e tocante, além de validar a importância de nunca nos esquecermos da tragédia mundial que foi a Segunda Guerra e o Holocausto, utilizando este triste pedaço da história da vida humana para que isso nunca volte a acontecer.

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