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Resenha | Do Do Sol Sol La La Sol se perdeu, mas foi fofo

Resenha | Do Do Sol Sol La La Sol foi fofo, mas se perdeu

Do Do Sol Sol La La Sol, drama sul-coreano também conhecido no Brasil pelo nome de Melodia de Esperança, foi um dos principais lançamentos da KBS no segundo semestre de 2020, com exibição mundial fornecida pela Netflix. A comédia romântica é bem fofa e começou super bem, mas se perdeu em seu desenvolvimento e decepcionou no final. 

Na história, Gu Rara (Go Ara) é uma pianista incrível, mas com uma vida extremamente azarada. Seu pai falece no dia de seu casamento, o marido a abandona no altar e ela sofre um acidente de carro que quase a impede de tocar para sempre, mas pelo menos algo bom viria disso tudo: Jun. Sunwoo Jun é um rapaz misterioso e de aparência fria, mas cujo coração é muito bom e rapidamente se apaixona por Gu Rara, fazendo o possível para ajudar a garota a reconstruir sua vida ao lado dele.


A trama começou tendo tudo para ser um dos melhores dramas do ano. Apesar de ser um romance bastante mamão com açúcar, daqueles com personagens fofos que mal encostam as mãos, tampouco se beijam, o enredo trazia narrativas extremamente interessantes conforme Rara, ex-elite, descobria as durezas da vida, ou com Jun reinventando o enredo dos filhos superprotegidos ao, em vez de ceder a tudo, lutar por sua independência

Entretanto, conforme os episódios passavam e o fim do drama se aproximava, parecia que os roteiristas de Do Do Sol Sol La La Sol ficavam confusos em como encerrar a história ou de como preencher os episódios até o fim dela. Uma série de plots extras foram adicionados na reta final, sem tempo o suficiente para se desenvolverem e, consequentemente, deixando aquela imagem de roteiro mal acabado, com informações jogadas sem uma base para sustentá-las.


Os episódios finais, por sua vez, foram uma bagunça completa. Uma chuva de informações completamente sem sentido chegaram lavando tudo o que o drama tinha construído até então. E, sem spoilers, mas houve uma tentativa de plot twist tão falha nos cinco minutos finais que dá vontade de fingir que o drama acabou alguns minutos (ou episódios) antes. 

Para piorar, os roteiristas colocaram tanta coisa desnecessária no episódio final que acabaram se esquecendo de mostrar alguns detalhes que poderiam ter feito total diferença para o entretenimento do público, com os secundários jogados de escanteio e uma longa passagem de tempo na qual pouca coisa mudou significativamente. 


Até mesmo Mimi, que começou o drama sendo praticamente a protagonista da história, acabou deixada de lado para a segunda parte de Do Do Sol Sol La La Sol, sendo cada vez mais raras suas aparições, mais escassas ainda suas interações com Rara, como se a conexão entre elas não existisse mais ou tivesse perdido o ponto, mas na real sendo apenas mais uma prova de como os roteiristas não souberam trabalhar com tantas camadas narrativas ao mesmo tempo e foram tornando seus personagens cada vez mais rasos.

Rara até que teve um bom desenvolvimento, se tornando uma garota mais independente e carismática, mas o que aconteceu com Jun chega a ser desrespeitoso com o espectador e até mesmo com o personagem. No começo, sua construção misteriosa, mas ainda carinhosa, o tornava o típico galã de k-drama que tanto amamos e desejamos como nosso próprio namorado, mas sua personalidade sofreu grandes mudanças que até poderiam ser positivas, mas não da forma como foram apresentadas, jogadas.


Apesar de todas essas falhas, foi divertido assistir Do Do Sol Sol La La Sol e acompanhar o crescimento de Rara e Jun, tal como seu romance delicado. Com um bom time de atores, excelentes personagens secundários e uma direção de arte surreal de maravilhosa, o drama cumpre com seu objetivo de ser uma comédia romântica com a inocência da juventude e os dramas do amadurecimento. 

O principal problema, talvez, seja que 16 episódios tenham sido demais para contar o que precisava ser contado, com uma sequência de episódios vazios ou, pior, repletos de novas tentativas de arcos que não agregavam em nada, exceto para confundir ainda mais o espectador que só estava em busca de um pouco de entretenimento, mas encontrou grande e caótica fofura que vale a pena ser assistida, sim, mas que vai te fazer passar um pouquinho de raiva. As vezes apenas 12 episódios são mais do que o suficiente.

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