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'Com Amor, Simon' representa e emociona com discurso atual e necessário

"Com Amor, Simon" representa e emociona com discurso atual e necessário

Simon é apenas um estudante normal do Ensino Médio, mas possui um grande segredo que tem guardado apenas para si desde os treze anos de idade: ele é gay. Baseado no livro Simon vs A Agenda Homo Sapiens, de Becky Albertalli, o filme possui algumas diferenças com a obra original, mas consegue entregar, em geral, uma adaptação bem fiel, divertida, emocionante e repleta de representatividade.

A relevância do filme se dá pela temática da representatividade. Um exemplo prático do quão necessário o filme é para a comunidade foi um acontecimento que marcou a vida de um rapaz dos Estados Unidos para sempre, quando revelou sua sexualidade para sua família durante uma sessão do filme. 

"Eu me assumi durante Com Amor, Simon. Meus amigos estavam lá, meus familiares estavam lá, o cinema todo estava lá. As pessoas estavam rindo e cantando e chorando e aplaudindo durante o filme todo. Eu nunca vi um filme aproximar as pessoas desse jeito. Eu fiz amigos lá. Os adolescentes precisam disso", comenta o jovem em sua conta no Twitter.


A mensagem foi entregue com maestria, mas consegue representar ainda um excelente filme e uma bem produzida adaptação cinematográfica. Há algumas divergências do conteúdo original, uma vez que o filme tenta conduzir os acontecimentos para um momento mais dramático, típico do cinema, enquanto o livro opta por manter-se emotivamente mais neutro. Essas adaptações realizadas nos dão um novo ponto de vista sobre a história de Simon, e é ótimo nos apaixonarmos novamente pelo personagem.

Em ambas versões, traz ainda uma outra questão atual, que é o romance virtual, uma vez que cada vez mais as pessoas passam a se relacionar via internet. Para a questão narrativa e dramática da trama, há toda uma anonimidade que nos leva ao grande desafio lançado ao espectador/leitor: descobrir quem é o romântico confidente de Simon.


O rapaz revelou ser gay pelo blog da escola, mas ocultou sua real identidade ao deixar apenas um e-mail falso e um apelido, Blue. Simon logo entra em contato com o rapaz, escondendo também seu próprio nome através do apelido Jacques, e após algumas trocas de e-mail já se encontrava perdidamente apaixonado, mesmo sem sequer saber o nome ou a aparência de seu confidente.

Durante toda a trama, Simon levanta teorias e começa a fantasiar com a identidade verdadeira de Blue, sendo essa representada nos possíveis pretendentes que vão se alterando ao longo do filme/livro, conforme Simon descobre novos detalhes sobre a vida de seu querido anônimo. Para quem já leu o livro, é bem óbvia a resposta, mas todo o suspense ainda pode ser sentido por quem ainda não teve a oportunidade de conferir a narrativa original.

Estrelado por Nick Robinson (Jurassic World) e Katherine Langford (Os 13 Porquês), entrega mais do que um filme romântico, mas uma lição de representatividade, amizade, lealdade, família, respeito e, principalmente, amor. Confira o trailer legendado abaixo:


Texto originalmente publicado no site Atmosfera Nerd, em 2018.

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