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Resenha | Queria morrer, mas no céu não tem tteokbokki

Resenha | Queria morrer, mas no céu não tem tteokbokki

Queria morrer, mas no céu não tem tteokbokki, escrito por Baek Sehee, é um livro coreano que ganhou popularidade em todo mundo após ser lido por RM, líder do grupo de k-pop BTS. A obra, escrita com base nas sessões da autora com seu psiquiatra, chegou em maio às livrarias do Brasil com publicação da Universo dos Livros e tradução de Rafael Bisoffi. Mas será que vale a pena ler? 

Baek Sehee é uma jovem adulta ansiosa e depressiva, diagnosticada há mais de dez anos. No entanto, registros em diários de infância mostram que desde aquela época ela já costumava se sentir mal. Ela é introvertida, ultrassensível e sente um vazio interno profundo. Buscando se entender melhor, Sehee começou a fazer terapia agora na vida adulta.

Graduada em Escrita Criativa, ela trabalhou em uma editora por cinco anos e agora compartilha um pouco de suas sessões e reflexões nesse livro, já publicado em diversos idiomas, como o português brasileiro. Grande parte da obra são transcrições de suas conversas com o psiquiatra, trechos que por podem apresentar gatilhos ao leitor, mas são muito necessários para a profundidade do livro.

Nestas conversas, falam sobre como Sehee se vê, expondo suas inseguranças quanto à sua aparência e inteligência e como isso afeta seus relacionamentos pessoais e profissionais. Cutucando a ferida, forçando a paciente a sair de sua zona de conforto, esses diálogos costumam ser bem diretos e podem soar insensíveis, mas parecem fazer efeito na autora.

Essas transcrições são intercaladas por momentos de reflexão, como um diário, onde revela mais detalhes do seu passado, comemora cada passo de sua evolução e registra as mudanças que está fazendo para ter uma vida mais saudável e feliz. Humana e sincera, não tem medo de colocar a cara à tapa de julgamentos ao revelar os lados mais sombrios de si, como suas invejas e preconceitos. 

Humana, aliás, talvez seja a palavra principal não só para descrever Sehee, mas toda a sua experiência registrada neste livro. Ela não é uma personagem fictícia, é uma mulher real, tangível, que abriu sua vida para todos através da literatura, usando sua realidade não para impor uma verdade absoluta, mas para reforçar a ideia de que somos todos incompletos e falhos, e que a terapia pode ser uma boa aliada ― ou pelo menos melhor do que descontar suas frustrações em tteokbokki.

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