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Tina: uma personagem importante e que deve ser respeitada


Acabamos de falar sobre Respeito, 24ª Graphic MSP que teve sua pré-venda iniciada recentemente, mas, afinal das contas, quem é a Tina? Conheça essa personagem secundária dos gibis da Turma da Mônica, seus principais projetos individuais, sua importância social dentro dos quadrinhos e seu novo projeto em graphic novel: 

Cristina de Sousa Lima, mais conhecida como Tina é uma personagem que originalmente surgiu como personagem das tirinhas de Toneco e Toin, veiculadas diariamente na Folha da Manhã, atual Folha de S. Paulo. Sua primeira aparição foi em 1964, com um visual hippie.

A partir de outubro de 1970, Tina começou a aparecer nos gibis da Turma da Mônica, dividindo páginas com o Cebolinha, principalmente, até 1979, e depois nos quadrinhos da Mônica. Desde 2003, entretanto, suas histórias complementam as edições de Cascão e Magali. Tina já teve seu próprio título, lançado em 1985 como um especial que durou duas edições e, em 1991, teve quatro edições individuais no "Gibizinho", além de um álbum de luxo lançado pela L&PM no mesmo ano. 

Dentre diversas outras publicações, destaca-se a mensal iniciada em 2014 que misturada histórias em quadrinhos com revista feminina, incluindo assuntos como namoro, saúde e moda para jovens garotas. Considerando que Tina é uma jornalista, a mistura é bem interessante agrega a seus quadrinhos um tom próprio de sua profissão, além de inspirar leitoras (e leitores, por que não?) a carreira. 


Na internet, Tina garantiu sua presença com o Blog da Tina, um espaço on-line onde publicava textos sobre a sua vida pessoal e assuntos de relevância para jovens, como relatos de como é morar sozinha, as primeiras experiências profissionais e até mesmo dicas de prevenção ao câncer de mama, em um especial do Outubro Rosa.

Ao longo destes anos, suas características físicas foram mudando: seus cabelos curtos cresceram e as vestimentas hippies dos anos 70 foram dando espaço a trajes mais modernos, com roupas curtas e justas. Tina foi, ainda, a primeira personagem adolescente a aparecer nos gibis da Turma da Mônica.

Devido a idade mais madura, a personagem assume ainda outras responsabilidades dentro dos quadrinhos ao abordar assuntos "tabus" entre os leitores mirins/jovens. Por exemplo, foi falado sobre prevenção ao álcool e outras drogas em uma edição especial de conscientização, lançada pelo projeto "Diga Sim à Vida", uma parceria da MSP com a Secretaria Nacional de Política sobre Drogas. 

Na nova graphic, Respeito, ilustrada e escrita por Fefê Torquato, Tina irá mais uma vez conversar diretamente com seu público sobre assuntos revelantes para a sociedade feminina, abordando o assédio que as mulheres sofrem diariamente. Seus amigos das páginas dos gibis, Rolo e Pipa, tem participação confirmada nessa nova jornada.


Com críticas da parte do público masculino quanto a caracterização mais comportada da personagem, revela-se mais uma vez a necessidade em falarmos sobre assédio: quando a roupa de uma personagem torna-se mais relevante que a história que ela tem a contar, há algo de muito errado. Fica explícito, portanto, o papel social da personagem e de Respeito.

A verdade é que Tina sempre foi uma personagem feminista, que apresentava pautas importantes para adolescentes, mulheres e mesmo jovens rapazes. Tina é uma personagem que conversa com o seu público, independente de suas vestimentas, pois seu conteúdo é muito mais relevante que o que veste ou deixa de vestir. A verdade é que, quem critica sua "nova cara", mal deve conhecer a personagem para achar que algo está sendo mudado. Essa é a Tina, e Tina quer respeito

O lançamento de Tina - Respeito é esperado para o dia 26 de agosto de 2019, mas o produto já encontra-se em pré-venda no site da Panini e da Amazon. Os exemplares on-line e disponíveis em livrarias serão disponibilizados em capa dura, mas uma versão cartonada também poderá ser adquirida diretamente nas bancas de jornais e revistas no início de setembro. 

Clique no link acima para garantir o seu exemplar antes do lançamento.

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2 Comentários

  1. Oi Karol, tudo bem?
    Eu vi a polêmica no Twitter e é bem assim como você disse, provavelmente quem fez a crítica não tinha ideia do que tava falando. Duvido que acompanhe a personagem. Eu particularmente quando criança não curtia muito, mas lia os quadrinhos da Tina que vinham na revistinha da Magali, minha favorita.
    Espero que essas críticas sem fundamento sirvam para aumentar a divulgação da HQ, porque sim, estamos precisando muito na sociedade atual!

    Até mais;
    |Mente Hipercriativa (Blog) | Mente Hipercriativa (Fanpage)|

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  2. Primeiramente, sou mulher. Depois, não gostei da hq. Obviamente há toda uma diferença de público da revista para a graphic novel, mas a revista mensal de 2014 abordava praticamente os mesmos temas de uma forma mais interessante e dinâmica. Hoje em dia parece que todas as histórias sobre mulheres se tornaram histórias sobre assédio. Os enredos não importam, tudo é uma grande reclamação de como é difícil ser mulher. Acontece na vida real sim, mas justamente porque a gente já vive, consome, respira esse tema, gera uma sobrecarga que só repercute em nós mulheres, não representa nada pra quem nos ameaça. Não gosto nem um pouco da arte, mas o problema da hq não é a roupa da Tina e sim o tom melancólico demais com uma personagem que era uma "Mônica jovem" antes de ter uma Mônica jovem, em termos de personalidade e força. Muito humana, mas sempre com um tom mais otimista. A revista de 2014 é sim novelesca e datada (blogs já não eram mais tão queridinhos pelos jovens pra se expressar na internet), mas a Tina original estava lá, uma pena essa publicação ter morrido. Sei que é tendência atualmente encarar o público adulto como necessitado por conteúdo profundo, sombrio e realista, mas as vezes não rola. Ao menos não rolou pra mim, que sou uma adulta exausta justamente de um mundo tão... sombrio e realista.

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