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A Noiva Fantasma (The Ghost Bride): vale a pena assistir?


A Noiva Fantasma (The Ghost Bride), primeira série malaia da Netflix, chegou ao catálogo da plataforma de streaming na última quinta-feira, 23 de janeiro, com direção de Shio Chuan Quek e YuHang Ho. A produção é baseada no livro de mesmo nome, escrito por Yangsze Choo e publicado no Brasil pela Darkside Books. Mas será que vale a pena assistir?

Ambientado na década de 1890, na Malaca, acompanha a história de Li Lan, uma jovem que acaba de receber a proposta de se casar com o herdeiro da rica família Lim — o problema é que ele está morto. Entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos, a garota terá de desvendar um mistério sombrio se quiser salvar a sua família e a si mesma.

Confira o teaser trailer da produção:


Com apenas seis episódios de apenas 50 minutos cada, o grande erro da história é que ela se desenvolve muito rápido, principalmente na reta final e em comparação ao livro, que toma mais tempo mesmo com a quantidade considerável de apenas 360 páginas — que não foi seguido a risca, adaptado para o audiovisual com tanta liberdade que se tornaram obras extremamente distintas.

Praticamente todo o enredo dessa primeira temporada é centrado na luta de Li Lan para descobrir o assassino de Lim Tian Ching. Em um jogo de suspense, a produção te leva a pensar em uma resposta, mas entrega outra completamente diferente que poderia ter sido um perfeito plot twist, mas é muito mal elaborada e não causa emoção alguma.


Os personagens são bastante caricatos. No trailer, Lim Tian Ching chama a atenção pela beleza de Kuang Tian, mas a execução do protagonista é pouco criativa ao entregar um vilão belo, mas egocêntrico, grande clichê que não chega nem perto da representação no livro, que mostra toda a sua insolência mesmo no mundo dos mortos. Um triste erro de roteiro.

Destaca-se, entretanto, o carisma da protagonista, cuja batalha pelo bem de seu pai lembra em muito o conto de Mulan, e pelas graças de Er Lang, o divertido guarda celestial que tem um papel fundamental nessa jornada. A dupla desenvolve uma química perfeita que cresce sutilmente, conquistando o espectador, e o final deixa no ar uma possível segunda temporada — que ainda não está confirmada e pode não acontecer.


O principal atrativo de A Noiva Fantasma fica em conhecermos um pouco da Malaca, na Malásia. A produção é dirigida por malaios e foi gravada no país, sendo perceptível que houve um certo cuidado ao representar sua história, prestando atenção a detalhes como vestimentas, arquitetura e objetos que compõem o cenário da obra.

Do gênero fantasia, une o real ao imaginário em uma brincadeira visual que dá muito certo e levanta os ânimos da produção. É impressionante como podemos explorar o Mundo Inferior, como é chamado o território habitado por almas de mortos e quase-mortos, seja nas mansões daqueles que foram muito mimados em vida ou nas terras de sofrimento, onde vagam solitários sem destino.


Para quem estava ansioso para conferir a primeira produção malaia da Netflix, tal como a adaptação da popular obra literária de Yangsze Choo, a decepção pode ter marcado presença. Seja pelo livro ou pelo trailer, a promessa da adaptação era muto mais empolgante que o resultado obtido, mas nem por isso a obra se torna de todo o ruim.

Se é pergunta é "vale a pena assistir a A Noiva Fantasma?", a resposta é sim. A produção é curta e, para quem gosta de maratonar, pode ser facilmente assistida em um único dia. Apesar de algumas falhas no seu desenvolvimento, que tornam o desfecho um tanto apático, a série ainda tem seus momentos divertidos e dramáticos que conseguem entreter o espectador, sem contar a bela história de amor de Li Lan, um exemplo de vida.

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1 Comentários

  1. Resolvi assistir após terminar o livro e realmente a adaptação é muito diferente, quase outra história. De positivo cito a construção da personagem principal, bem mais carismática e forte do que a heroína do livro. Er Lang foi praticamente refeito mas gosto do temperamento que deram à ele.
    Como ávida devoradora de doramas estranhei a maneira como esta obra foi dirigida, claramente é uma obra para exportação, tem mais ares de série americana do que de dorama. Enfim, achei interessante mas lamento a história estar tão pela metade, já perdi o costume de acompanhar séries com mais de uma temporada.

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